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 TEMA: UM NOVO ENFOQUE PARA A VIOLÊNCIA

Prezado/a internauta

Na atualidade, em muitos países e não só no Brasil, um dos assuntos que mais preocupa as pessoas, é a violência existentes nas sociedades humanas. Nas análises publicadas pela imprensa, são apresentadas as possíveis causas que geram a violência, causas sociais, econômicas, familiares, educacionais, estruturais da sociedade, etc. E geralmente, essas análises enfocam sempre o aspecto negativo. Apresento um outro enfoque neste artigo que irá ler, no qual coloquei algumas ideias de meu aprendizado como terapeuta e ministrante de cursos e palestras.

Acredito que essas ideias poderão levar as pessoas a tirarem algumas conclusões e a fazerem depois, no âmbito de ação em que atuam, algumas ações positivas que contribuam para mudanças na sociedade humana, vindo a ser um melhor lugar para todos. É preciso, realmente, que cada um faça alguma coisa positiva que estiver ao seu alcance fazer, em vez de, como ocorre com muitos, só ficar reclamando que a sociedade está violenta e que está difícil viver nela, em qualquer cidade deste país. Se achar interessante, envie este artigo para o jornal de sua cidade, ou para seus amigos internautas, para que mais pessoas possam pensar no assunto.

Um grande abraço fraterno,

no ideal de um mundo humano melhor,

Antonio de Andrade

Lorena, SP, Brasil 

Contato pelo e-mail: opcao@editora-opcao.com.br

Autorizo a utilização por quaisquer meios do artigo a seguir

UM NOVO ENFOQUE PARA A VIOLÊNCIA

( Antonio de Andrade *)    

    Quando uma pessoa violenta é analisada por um Psicólogo ou Psiquiatra, é comum ser encontrado, dentre outras coisas, um sentimento de rejeição, indicando que ela não se sentiu aceita pelas outras pessoas com as quais conviveu, em sua infância e adolescência. Ao chegar à vida adulta, geralmente ela buscará situações nas quais as outras pessoas não a aceitem, continuando a sentir-se rejeitada, por baixo, com o orgulho abalado, sentindo-se inferiorizada, olhando as outras pessoas como superiores a ela. Para mostrar que tem algum valor irá esforçar-se ao máximo para tentar provar aos outros (e inconscientemente a si própria) que tem algum valor, compensando o sentimento de inferioridade.

    Mediante um mecanismo de compensação e de defesa, irá desenvolver um sentimento de superioridade chamado de ARROGÂNCIA, colocando-se, mental e emocionalmente, acima das outras pessoas: agirá de modo prepotente, autoritário, intolerante, no falar, no modo de andar e se comportar, sentindo-se a toda poderosa, a dona do ambiente e das pessoas, julgando-se o centro do Universo em torno de quem tudo tem que acontecer. Para se mostrar acima das outras pessoas, geralmente empina o nariz tão alto, que se estiver chovendo poderá morrer afogada, como diz aquele ditado popular.

    Mas, para sentir-se acima das outras pessoas, além de empinar o nariz terá que diminuí-las, terá que rejeitá-las e desprezá-las. Geralmente utiliza de preconceitos, de racismo ou de discriminação para mostrar rejeição pelas outras pessoas, esquecendo de um fato fundamental: ninguém é superior aos outros e independente da cor da pele, branca, negra, amarela, ou miscigenados com índios ou outras raças, ou ainda, independente de qual país nasceu ou vive, todos que estão no planeta Terra são coirmãos, são terráqueos,  todos são igualmente passageiros deste planeta e deveriam respeitar-se e aceitar uns aos outros, como seres humanos que todos são!

    Apesar de sentir-se superior às outras pessoas, uma pessoa arrogante, na realidade, poderá estar escondendo, no fundo do seu íntimo, um profundo sentimento de inferioridade e desprezo por si mesma. Os Psicólogos costumam afirmar que uma atitude de superioridade é quase sempre uma compensação superficial de uma inferioridade escondida. A confiança é toda superficial e debaixo da casca esconde-se a incapacidade e a inferioridade, mas isso só um processo terapêutico irá descobrir e tratar, podendo encontrar outras características como a indiferença, a perda de interesse pela vida (chamada de depressão), pelo contato com pessoas, pelo trabalho ou por situações que causaram os sentimentos de rejeição, inferioridade ou por quaisquer outras pessoas que simbolizem as primeiras.

    Busca-se explicações para tanta violência que ocorre atualmente, porém a sociedade deveria estar mais preocupada em entender o porquê as pessoas que compõem essa sociedade humana não estão agindo com características SAUDÁVEIS de seres humanos. Em vez de enfocar o negativo (a violência e suas causas) precisaria ser dada uma ênfase no positivo (o que torna as pessoas saudáveis e felizes e não violentas). Isso é comprovado ao se examinar as notícias da imprensa, pois raramente são encontradas notícias que revelem alguma das características saudáveis dos seres humanos, dentre outras: o amor fraterno, a alegria e o altruísmo, a autenticidade, bondade, a caridade, o cavalheirismo, a civilidade, a coerência, a colaboração e a compreensão, a compostura, a consideração, a confiança, a cooperação, a coragem, a cordialidade, a dedicação, a disciplina, a eficiência e a empatia, o entusiasmo, o equilíbrio, a esperança, a estima, a espontaneidade e a fidelidade, a firmeza, a fortaleza moral, a generosidade, a harmonia, a honestidade e a humildade, o idealismo, a independência, a intimidade e a lealdade, a motivação, a naturalidade e o otimismo, a paciência, a paz, o perdão e a perseverança, a responsabilidade, a sabedoria e a sensibilidade, o sentido da vida, a simpatia e a sinceridade, a simplicidade, a temperança e a tolerância, etc.

    E fica-se com a pergunta: - Por que a sociedade como um todo não começa a realizar ações para que as pessoas possam vir a ser pessoas saudáveis e felizes, aprendendo a conviver de modo mais harmonioso com as outras pessoas? A TV, em especial, e a grande imprensa poderiam modificar o enfoque de, em vez de só apresentarem coisas negativas como crimes, rebeliões, sequestros e matanças generalizadas, começassem a apresentar aspectos positivos que ajudassem as pessoas, criando nelas a esperança de que ainda vale a pena ser alguém honesto, equilibrado, saudável, alegre, feliz e conviver bem com os outros. Essas mudanças são necessárias e urgentes na sociedade, a começar pelas ações dos pais e educadores. E estes podem encontrar orientações no livro "Criança Feliz, Adulto Feliz: o poder emocional da autoimagem", do autor deste artigo, para poderem desenvolver crianças e jovens mais saudáveis, evitando, por exemplo, o desenvolvimento da arrogância e outras emoções negativas e orientações sobre quais ações devem ser realizadas quando encontram comportamentos negativos. 

    É de importância vital a responsabilidade dos adultos de hoje: o mundo de amanhã será melhor, terá adultos mais saudáveis e felizes, se hoje aqueles adultos desempenharem, do melhor modo possível, a missão como educadores das crianças e jovens. É possível ainda, mudar o rumo e a marcha da sociedade humana, tirando-a do rumo da desordem generalizada e de um futuro sombrio, situação que ocorrerá se ela continuar no caminho que está atualmente. Vai depender das ações de cada um. Por isso, faça bem a sua parte...


* Leia no site www.editora-opcao.com.br outros artigos do escritor Antonio de Andrade sobre como combater a violência. Pais e educadores conscientes podem obter mais ideias para suas ações educativas, nos livros "Criança Feliz, Adulto Feliz" e "Disciplina e a Educação para a Cidadania", que são encontrados nesse site.