MENSAGENS EDUCATIVAS POSITIVAS
TEMA: PAIS, TROQUEM DE LUGAR COM SEUS FILHOS |
Esses textos são para sua reflexão sobre o relacionamento pais com filhos. |
Muitos pais depois que colocaram o filho no mundo, não têm tempo para seu filho, ao ponto de na atualidade ter sido criado o termo "fome de pai", indicando a ausência física, ou psicológica, do pai na vida de seus filhos e a falta que os filhos sentem da presença estimuladora de um pai. Por que, caro leitor, não mudar essa situação, aproveitando a oportunidade do Dia dos Pais ou qualquer dia, hoje, por exemplo? Se você é pai, lembre-se que o filho que você colocou no mundo está crescendo, a cada dia que passa, e só uma vez ele estará doido para sentar em seu colo e ouvir as suas orientações. Só uma vez ele esperará por você para brincar com ele. Só uma vez ele desejará conhecer o seu trabalho, ouvir você falar de suas atividades. Só uma vez o seu filho verá em você um amigo com quem conversar e desabafar. Só uma vez ele quererá trocar idéias com você e pedir conselhos. Se você, pai, deixar passar essas oportunidades únicas de aproximar-se de seu filho, estará perdendo o seu filho e ele não terá lembranças de que teve um pai amoroso, presente nas etapas de sua vida. O seu filho pode aprender muito com sua presença, pai (e com a mãe, também), tendo oportunidades de contatos sociais com seus pais, contatos sadios nos quais poderá aprender com seus exemplos de vida a serem pessoas íntegras e mais sadias e com melhores princípios éticos, aprendendo a ser pessoas mais tolerantes, menos agressivas, relacionando-se com as outras pessoas de modo mais saudável, aberto, sem agressividade. Tendo oportunidades para uma evolução mais sadia, aprendendo a olhar os outros seres humanos com olhos de amizade e amor, os filhos poderiam aprender a controlar os seus impulsos de raiva, de agressividade, de hostilidade e outros sentimentos negativos que estão preponderando nos jovens de hoje. Aprendendo a controlar melhor as suas emoções os filhos cresceriam como seres humanos mais saudáveis e felizes, com emoções mais equilibradas, chegando a ser adultos mais sociáveis, motivados e responsáveis, tendo empatia e relacionando-se melhor com as outras pessoas, vivendo em harmonia com o Universo. Enfim, chegando a ser adultos sadios e felizes. Como seria benéfico para os filhos se pudessem conviver mais com seus pais, aprendendo através de seus exemplos de vida, gestos, comportamentos, atitudes, formulação de juízos e sentimentos, expressões, linhas de conduta e modo de viver. Diz-se que os homens aprendem com os outros seres humanos porque ele vive em sociedade na qual a imitação é uma grande força do processo educativo. O bom exemplo dos pais tem um enorme poder de influenciar as crianças. Já os antigos diziam que "as palavras movem, os exemplos arrastam". Muitos gestos nobres, muitas vidas heroicas tiveram seu primeiro impulso num exemplo silencioso e obscuro de um pai ou mãe, de avós ou de outros parentes, de um mestre ou de um amigo. Veja no site www.editora-opcao.com.br outro artigo sobre a importância da figura do pai na vida dos filhos. O artigo tem o título "Prá que serve o papai?" Mas, a realidade mostra que além da ausência dos pais, quando estes chegam ao lar no final do dia de trabalho estão em grande maioria cansados e irritados, angustiados e nervosos com a vida estressante que levam. Isso os leva a não terem muita paciência para conversarem e conviverem com seus filhos, quanto mais orientá-los e ajudá-los a crescerem como seres humanos saudáveis e felizes. Essa situação é tão comum na sociedade atual que uma empresa publicou, nos jornais o seguinte anúncio (a cópia encontrada não identifica a data, nem o jornal e nem a empresa: DESCULPE FILHO, LEMBREI DE VOCÊ HOJE Fizemos este anúncio para você esquecer que hoje, 12 de outubro, é o dia das crianças. E lembrar de todos os outros dias da vida de seu filho. Lembrar de todas aquelas coisas que você imaginou para ele. Para que a infância dele fosse perfeita, diferente da sua. Todo homem fica a vida toda pensando em ter um filho, sonha se vendo passeando com ele, rindo junto, brincando, correndo, jogando bola. E acaba não fazendo nada disso. Por que? Porque não tem tempo? Porque chega cansado do trabalho? Porque tem muitas coisas importantes para fazer? De repente percebe que aquela educação diferente da sua que queria dar a ele, acaba sendo igual ou pior. Nunca vou bater nele - e acaba batendo. Pior: às vezes chega a se arrepender de ter tido um filho. Você quer sair, se divertir. - Filho prende a gente. Você quer rir, passear, fica tudo tão caro. Você percebe que não serviu nem para inventar a infância de seu filho. Brincar, para ele, é completamente diferente do que você imaginou. Ele gosta de coisas estranhas. Não faz mal, invente brincadeiras com ele e brinque junto! Mas você não tem tempo! Por isso esquece do dia das crianças. Pregue este anúncio num lugar que você possa ver sempre. Para continuar lembrando do seu filho. Ainda dá tempo. Porque daqui a pouco ele cresce e desaparece de sua vida... Depois de ler esse texto, se você, como pai, sente vontade de ser um pai de verdade para seu filho, se sente vontade de ajudar o melhor possível o seu filho a desenvolver-se como um ser humano saudável e feliz, poderá encontrar orientações adequadas e detalhadas de muitas opções dadas nos meus livros "Criança Feliz, Adulto Feliz" e "Disciplina e a Educação para a Cidadania", livros encontrados pelo site www.editora-opcao.com.br A remessa do seu livro será por Reembolso Postal. E para você, pai, poder refletir sobre a importância de sua presença na vida de seu filho, como pai para seu filho, leia os textos a seguir, e imagine-se na lugar de seu filho, trocando de lugar com ele.
NÃO TENHO TEMPO
Sabe, meu filho,
até hoje não tive tempo para brincar com você. MEU FILHO É UMA CRIANÇA (autor: W. Livingston Larned) Querido filho: Falo-te enquanto dormes, a mãozinha encolhida debaixo do rosto e o cacho louro úmido, caído sobre a tua testa. Penetrei no teu quarto às escondidas e inteiramente só. Há poucos minutos, quando no meu gabinete, lia do jornal, uma onde de remorso tomou conta de mim. Reconhecendo-me culpado, vim para o seu lado. Vou dizer-te, filho querido, sobre o que estive pensando: tenho sido exigente demais contigo. Repreendo-te, quando te está vestindo para a escola, porque passaste no rostinho apenas uma toalha úmida. Censuro-te porque os teus sapatinhos não estão limpos. Chamo tua atenção com aspereza, quando jogas algumas coisas tuas pelo chão. No café encontro faltas ainda. desperdiças as coisas. Comes apressadamente. Pões os teus cotovelinhos na mesa. Passas manteiga demais no pão. Passo todo o tempo a ralhar contigo, meu filhinho. E quando sais para brincar e eu vou para tomar meu trem, levantas a mãozinha, acenas um gesto de amizade e dizes: - Até logo, papai. E eu, na eterna ânsia de repreender-te, franzo a testa e digo: - Endireita os ombros! E quando regresso à tardinha, recomeço as minhas exigências. Quando subo a estrada venho espiando-te. Vejo-te, de joelhos, jogando bolinhas de gude com os teus amiguinhos. Descubro buracos nas tuas meias. Diante dos teus companheiros, humilhei-te, dando-te ordens para seguir à minha frente para casa. - As meias custam muito dinheiro. Se tiveres que pagar por elas saberias ser mais cuidadoso. Imagine só, filhinho adorado, tudo isso dito de um pai para um filho... Lembras-te de mais tarde, quando eu estava no gabinete lendo, tu vieste, timidamente, com uma espécie de mágoa brilhando nos teus olhinhos? Quando olhei para o jornal, aborrecido com a interrupção, hesitaste na porta. - Que queres?, disse eu intempestivamente. Não disseste uma palavra sequer, mas correste para mim, passaste os braços no meu pescoço, beijaste-me, e os teus bracinhos apertaram-me com um afeto que Deus colocou florescente no teu coraçãozinho e que mesmo com toda a minha negligência, não pode fenecer. E então, foste aos pulos, escada acima. Bem, meu filho, pouco depois disto o jornal cai das minhas mãos e um receio doentio invadiu-me inteiramente. Que vantagens para mim vinha ensejando o meu modo de tratar-te? Descobrir tuas faltas, repreender-te pelas mínimas coisas - era a minha recompensa para ti, meu filho, por seres uma criança. Não era porque eu não te amasse; era porque eu queria exigir demais da tua infância. Eu te estava medindo com as jardas dos meus próprios janeiros. E no teu caráter há tanto de bom, de fino e de verdadeiro. O teu coraçãozinho é tão grande como a própria aurora quando desponta sobre as grandes montanhas. Melhor demonstração de tudo isto não podias dar do que, apesar de tudo e depois de tudo, correndo para mim e beijando-me carinhosamente ao dizer boa-noite. Filho, nada mais importa hoje à noite. Vim para o teu lado, no escuro, ajoelhei-me envergonhado. Esta é uma fraca reparação; sei que não entenderias estas coisas se eu as dissesse quando estiveres acordado. Mas, meu filho adorado, amanhã eu serei um verdadeiro pai. Serei um companheiro teu, sofrerei quando sofreres, rirei quando rires. Morderei minha língua quando vierem palavras impacientes. Conservar-me-ei repetindo como se fosse um ritual: - O meu filhinho nada mais é do que uma criança - uma pequena criança. Estou receoso de te haver encarado como um homem. Entretanto, quando te vejo agora, meu filho querido, todo encolhido e despreocupado na tua caminha, vejo que ainda és uma criança. Ontem estavas nos braços de tua mamãe a cabecinha recostada no seu ombro. Eu estava exigindo demais de ti. Muito. Muito. * No site www.editora-opcao.com.br há Artigos, Livros, Cursos e Palestras de Antonio de Andrade.
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