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 TEMA: O ANJO MÃE / A MÃE ANJO 

A mensagem "O Anjo Mãe" é de autoria de Raimundo Baia da Silva, conhecido como "Poeta da Ilha" do Outeiro, em Belém do Pará. Essa mensagem/poema foi solicitada por uma rádio comunitária do bairro onde o poeta mora, para homenagear as mães. O poema circula na internet como "autoria desconhecida", sem o nome de seu autor. Agradecemos aqui ao poeta Raimundo pela oportunidade de divulgar seu poema para outros também refletirem sobre o assunto.  

A 2º mensagem com o tema "A Mãe Anjo", é de autoria desconhecida. Caso você conheça o autor da mensagem, agradeço se informar para o e-mail  opcao@editora-opcao.com.br para que a autoria seja  colocada. Agradeço, sem conhecer o seu autor, a utilização do texto para outras pessoas poderem refletir sobre o assunto.

          

  O Anjo Mãe  
    Autor: Raimundo Baia da Silva

Uma criança pronta para nascer perguntou a Deus: - Soube, Senhor, que estarei breve sendo enviado à Terra. Como eu vou viver lá, sendo assim pequeno e indefeso?
E Deus disse: - Entre muitos anjos, eu escolhi um especial para você. Estará lhe esperando e tomará conta de você.
E a criança perguntou: -Aqui no céu eu não faço nada a não ser cantar e sorrir, o que é suficiente para que eu seja feliz. Serei feliz lá?
Deus respondeu: - Seu anjo cantará e sorrirá para você... A cada dia, a cada instante, você sentirá o amor do seu anjo e será feliz.
- Como poderei entender quando falarem comigo, se eu não conheço a língua que as pessoas falam?
E Deus afirmou: - Com muita paciência e carinho, seu anjo lhe ensinará a falar.
- E o que farei quando eu quiser Te falar?
- Seu anjo juntará suas mãos e lhe ensinará a rezar.
E a criança ainda perguntou a Deus: - Eu ouvi dizer que na Terra há homens maus. Quem me protegerá?
- Seu anjo lhe defenderá mesmo que signifique arriscar sua própria vida.
- Mas eu serei sempre triste porque eu não Te verei mais - disse a criança.
- Seu anjo sempre lhe falará sobre Mim, lhe ensinará a maneira de vir a Mim, e Eu estarei sempre dentro de você.
Nesse momento havia muita paz no céu, mas as vozes da Terra já podiam ser ouvidas pela criança. Ela, apressada, suplicou a Deus:
- Oh Deus, está chegando a hora de eu ir agora, diga-me por favor, o nome do meu anjo.
E Deus respondeu: - Você chamará seu anjo de MÃE!


  A Mãe Anjo   
  (Autoria desconhecida)  

- Mãe - perguntou o menino - os anjos existem mesmo?

- A Bíblia diz que sim - respondeu a mãe.

- Eu sei - disse a criança. - Já vi uma figura. Mas alguma vez você já viu um anjo, mãe?

- Eu acho que já - disse a mãe - mas ele não estava vestido como nas figuras.

- Eu vou achar um! - exclamou a criança. - Vou correr pelas ruas, quilômetros e quilômetros até achar um anjo.

- Essa é uma boa idéia! - disse a mãe. - Eu irei com você, porque você é muito pequeno para sair andando por aí sozinho.

- Eu não sou mais pequeno! - reclamou a criança. - Já sei amarrar meus sapatos. Já sou grande!

- É mesmo - concordou a mãe. - Tinha me esquecido. Mas o dia está bonito e eu vou gostar da caminhada.

- Mas você anda muito devagar, com seu pé machucado.

- Posso andar mais rápido do que você pensa! - disse a mãe.

Então começaram a busca, o menino ia pulando e correndo, e a mãe andava depressa mesmo com seu pé machucado, tão corajosamente que a criança logo se esqueceu disso. O menino andava à frente dela e então viu um carro prateado e comprido vindo em sua direção. No banco de trás havia uma senhora maravilhosamente vestida. Quando ela se mexia, reluziam suas jóias e outros e seus olhos brilhavam ainda mais que seus diamantes. O carro diminuiu e parou no sinal:

- Você é um anjo? - indagou a criança correndo até o carro. A senhora não respondeu, mas fitou-o friamente. Em seguida disse uma palavra ao seu motorista e o motor roncou. O carro arrancou, deixando uma nuvem de poeira e fumaça, e desapareceu.

Os olhos e a boca do menino encheram-se de poeira, e ele começou a espirrar e sufocar. Ele respirava com dificuldade e esfregava os olhos, mas prontamente sua mãe se aproximou, limpando a poeira com a barra do vestido.

- Ela não era um anjo! - afirmou a criança.

- Certamente, não era! - disse a mãe. - Nem ao menos parecida.

O menino voltou a dançar, pulando e correndo de um lado para o outro, e a mãe seguindo-o como podia.

Em certo momento, o menino encontrou uma linda moça, em um vestido branco. Seus olhos eram como estrelas azuis, e o rubor ia e vinha em seu rosto como rosas aparecendo através da neve.

- Com certeza você deve ser um anjo! - exclamou a criança. A moça enrubesceu de forma ainda mais suave que antes.

- Criancinha querida! - ela exclamou. - Outra pessoa me disse o mesmo ainda ontem à noite. Será que eu realmente pareço com um anjo?

- Você é um anjo - insistiu a criança.

A moça pegou-a no colo, beijou-a e segurou-a delicadamente.

- Você é a coisinha mais linda que eu já vi! - ela disse. - Diga-me, o que a faz achar isso?

Mas,  de repente, sua fisionomia mudou.

- Oh! - ela exclamou. - Lá está ele, vindo ao meu encontro! E você sujou o meu vestido branco com seus sapatos empoeirados e desarrumou meu lindo cabelo. Vá embora criança, vá para sua casa e para sua mãe!.

Ela colocou o menino no chão, não de forma grosseira, mas com tanta pressa que ele se desequilibrou e caiu. Mas a moça nem chegou a ver, pois corria ao encontro de seu namorado que chegava pela rua. (Ah, se a moça soubesse que ele a achava duas vezes mais encantadora com a criança no colo, mas ela não sabia).

Então, o menino deitou-se na rua empoeirada aos prantos, até sua mãe chegar, pegá-lo no colo e secar suas lágrimas.

- Não acredito mais que ela seja um anjo - disse o menino.

- Não é - disse a mãe. - Mas, talvez venha a ser um dia. Ela ainda é jovem.

- Estou cansado! - disse o menino. - Você me leva para casa no colo, mãe?

- É claro! - respondeu ela. - Foi para isso que eu vim.

A criança envolveu o pescoço da mãe com seus braços, e ela o segurou firme, caminhando pela rua, cantando a música que ele mais gostava. De repente, ele levantou seus olhos e a encarou.

- Mãe - ele disse - será que você não é um anjo?

- Ah meu pequeno! - respondeu a mãe. Eu sou apenas a sua mãe que ama muito você.

E seguiu cantarolando e caminhando tão feliz mesmo com seu pé machucado, que logo esqueceu a dor e só sentiu felicidade com seu pequeno filho

 


 

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