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    TEMA:  Dicionário de características humanas (Qualidades e defeitos) e termos correlatos 

 

Nos anos em que atuei como Psicólogo clínico, eu tinha o costume de pesquisar o significado de alguma característica que eu observava ou constatava em meus clientes, visando ter melhor compreensão da situação e poder ter melhores condições de realizar o atendimento clínico. E também por curiosidade científica sobre a personalidade humana, há muito tempo venho anotando características humanas, tanto as qualidades quanto os defeitos e termos correlatos.

Essas informações anotadas no decorrer de anos, de grande utilidade para compreensão da natureza humana, divulgo-as aqui no site, ideias que podem ajudar numa reflexão sobre o ser humano, contribuindo assim, para que as pessoas possam desenvolver melhores características humanas (Qualidades), e enfrentar as piores e negativas características humanas (Defeitos). Assim, poderemos contribuir para que haja melhores pessoas humanas neste planeta Terra.

Reparto com você essas informações por anos pesquisadas e anotadas, retiradas de dicionários, de enciclopédias, ou fruto de minhas próprias reflexões clínicas. Nas anotações, infelizmente não tive o cuidado de anotar as fontes dos textos. 

Este dicionário está constantemente sendo acrescido de outras anotações. Se você tem alguma anotação de características humanas e gostaria de colocar nesta página,  contribuindo para aumentar este dicionário, é só enviar para o e-mail opcao@editora-opcao.com.br

No ideal de uma melhor sociedade humana, com melhores ações humanas,

Antonio de Andrade

                                            

 

 Dicionário de características humanas (qualidades  e defeitos) e termos correlatos

   A  

 AFLUÊNCIA

Por influência do economista canadense, naturalizado americano, John K. Galbraith, no seu livro "The affluente society" (A sociedade afluente), a afluência conota hoje como que o nível final do processo de desenvolvimento, caracterizado por: . alta renda per capta; . abundância de bens de consumo; . redução das horas de trabalho e proporcional aumento do lazer; aumento das atividades terciárias pelo alto índice de mecanização e automação das atividades dos setores primários e secundários. No entanto, um grave risco parece ameaçar as sociedades afluentes: a perda do sentido e de razão de ser do próprio impulso vital que as levou a seu nível desenvolvimento.  A afluência ameaça de paralisia as sociedades que não possuem uma filosofia de vida e de história capaz de lhes desvendar novos horizontes, além da própria afluência. Esta ameaça atinge principalmente aos jovens, que se recusam a participar do "establishment" e dissipam seu dinamismo em formas estéreis de contestação ou se perdem nos vícios das drogas e entorpecentes.  (fonte: Pequena enciclopédia de moral e civismo, MEC, pg 23)

AGRESSIVIDADE

Grande parte dos problemas que ocorrem entre as pessoas é devido à expressão inadequada da agressividade. Etimologicamente agressividade quer dizer agregar uma energia que leve a pessoa a chegar perto do objetivo desejado. É, nesse sentido original, uma força positiva, construtiva. Na evolução humana, na história da humanidade, constata-se que a agressividade e sua expressão, foi uma das coisas que o ser humano sempre teve dificuldade em usá-la adequadamente. Quando uma pessoa não expressa a sua agressividade de maneira correta e no tempo certo e com as pessoas certas, a sua agressividade reprimida vai aparecer em outros modos substitutivos. É o caso, por exemplo, do marido que reprime sua agressividade perante uma esposa prepotente e na hora do sexo, mostra-se impotente. Muitos dos problemas sexuais, em geral, são relacionados à agressividade que não foi expressa adequadamente. A força da agressividade, não expressa, prejudica a expressão sexual, causando frigidez na mulher, a ejaculação precoce ou impotência no homem. Atitudes de agressividade diminuem em uma pessoa na proporção em que se sente aceita e querida pelos outros. Receber amor e dar amor é a melhor forma de acabar com a agressividade.

AJUSTAMENTO

O processo de ajustamento consiste na satisfação, durante a vida humana, da sequencia de necessidades que vão surgindo. Há ajustamentos físicos, fisiológicos e sociais, sendo os últimos (sociais) os mais importantes. No passado era uma atitude moralista, isto é, a pessoa socialmente desajustada era considerada má e deveria ser punida. O desajuste social é considerado como consequência da falha do processo de aprendizagem, por isso, procura-se auxiliar o indivíduo a reajustar-se através da revisão de sua aprendizagem, conduzindo-o aos abandono dos hábitos nocivos e a implantação da nova conduta mais adaptada às exigências sociais.

ALEGRIA

Do latim "alacer, alacris" (= alerta, com vivacidade), alegria é um estado da alma que corresponde a uma situação de bem-estar físico, psíquico e moral. Tem como condições: a tranquilidade da consciência e equilíbrio mental e a saúde do corpo. Manifesta-se por uma irradiação contagiosa de toda a personalidade, especialmente pelo riso. A alegria deveria ser a condição normal do ser humano, e é o clima indispensável para o pleno desenvolvimento das crianças. Existe ainda uma alegria espiritual, capaz de manter mesmo na adversidade e na dor;  é a alegria que supõe a força da alma, dos santos e dos heróis, e que provém da consciência da posse da verdade e da dedicação e uma nobre e justa causa.

ALMA

Do latim "anima" semelhante á palavra grega "ânemos" (= vento). Todos nós temos a consciência imediata da existência em nós de um princípio interior que dá vida ao nosso corpo e que dá origem em nós a ações e atividades, inexplicáveis unicamente pelas forças físico-químicas e biológicas de nosso corpo. Este princípio é o que chamamos de alma.

ALTRUÍSMO

Da riz latina "alter" que significa outro. É a capacidade que o indivíduo possui de abrir mão dos próprios interesses para se preocupar com os outros. É o oposto de egoísmo. O altruísta é generoso, nobre e desapegado, chegando até, nas suas expressões heroicas, ao sacrifício da própria vida por amor ao próximo. O verdadeiro altruísta não se improvisa, mas se conquista desde a infância, numa luta contínua contra as manifestações insistentes do egoísmo. É uma virtude indispensável para a felicidade das pessoas, das famílias e das comunidades.

AMBIÇÃO

É um estado de espírito caracterizado pelo desejo veemente de conquistar um objetivo cuja consecução exige esforço e sacrifícios. Quando limitada a valores materiais ou a situações de prestígio ou mando e por motivação egoísta, é um defeito de caráter. Mas pode ser inspirada por valores espirituais, morais e intelectuais de alto nível. Igualmente é justa e louvável a ambição dos pais em relação ao futuro dos filhos e a ambição dos cidadãos em relação ao futuro do pais onde vivem.

AMBIVALÊNCIA

Coexistência dentro de uma mesma pessoa, de sentimentos opostos e contraditórios, como amor e ódio.

AMIZADE

Do latim "amicitia" ( = dedicação), amizade é um sentimento de escolha que distingue uma pessoa entre as demais, a ela dedicando atenção e interesses especiais. Este sentimento de interesse e respeito do outro, para constituir uma verdadeira amizade, não pode ser passageiro, mas deve ter a característica da permanência que vai constituir a fidelidade. A amizade é fruto mais puro da liberdade, pois não está, como o amor, sujeita a fatores sexuais, permanecendo unicamente espiritual. A amizade implica numa igualdade de condições, pois tem como base afinidades profundas e múltiplas e, portanto, dificilmente sobrevive em situações de grande disparidade de gostos ou meio social. A amizade costuma estar ligada a uma lucidez desinteressada, evitando a lisonja, que destruiria rapidamente a igualdade, caindo na zona de interesse e da utilização do outro. Na amizade existe uma harmonia que, uma vez perdida, não pode ser substituída, e esta harmonia, baseada na eleição mútua, não pode ser explicada nem pelos próprios amigos, que em geral, não sabem dar as razões da ligação afetiva existente entre ambos. Sendo a escolha de amigos uma atitude tão espontânea, grande é a importância de frequentar e fazer frequentar pelos filhos ambientes em que esta escolha tenha a maior probabilidade possível de recair sobre pessoas de valor intelectual e moral.

AMOR

É o mais nobre sentimento de que é capaz um ser racional. Não se reduz à mera simpatia romântica, e muito menos à atração sexual. Consiste, essencialmente, em querer o bem do outro, empenhando nesta vontade, o próprio ser. É essencialmente o dom do próprio ser para promover o maior bem do outro. Assim, o amor é fundamentalmente desinteressado, representando a maior vitória sobre o egoísmo. O amor se produz desde as suas formas mais íntimas, o amor conjugal, o amor paterno e materno, o amor filial, o amor fraterno, até as formas mais amplas do amor ao próximo que envolve, na sua amplitude, desde os parentes e conhecidos, até os concidadãos e a humanidade inteira. O verdadeiro amor sabe compreender as fraquezas sem justificá-las; sabe valorizar as qualidades, sem lisonjeá-las. O amor se manifesta não apenas por palavras de carinho, mas por gestos e ações. Daí, a imensa significação social do amor. Todos os problemas sociais seriam fáceis de resolver se os homens realmente se amassem como irmãos que de fato são, membros de uma humanidade que habita o planeta Terra. O amor constrói, enquanto o ódio só sabe destruir. É no amor que se haverá de edificar a grande civilização do futuro. A tarefa mais urgente da geração moderna é dar ao amor a sua autenticidade e a sua pureza, combatendo todas as suas deturpações.

ANGÚSTIA

O ser humano diante de um perigo iminente ou ameaça, reage com medo. Todo medo tem uma fonte ou motivo: é o objeto, a causa do medo. A experiência humana, porém, comprova que o ser humano pode sentir medo sem haver perigo ou ameaça real. A esse medo sem objeto, é chamado de angústia: sua fonte é imaginária, desconhecida, inconsciente, vem de dentro da própria pessoa. Alguns chamam de ansiedade a angústia de grau menor. A angústia é uma sensação desagradável de tensa expectativa e do estreitamento da consciência. A palavra latina "angústia", significa estreiteza. A consciência é dominada pelos temas ou fenômenos ansiosos, tornando-se cada vez menos capaz de perceber, elaborar ou atuar fora desses temas ou fenômenos. Nas reações mais violentas - como o pânico - a consciência turva-se, fica desordenada e as reações psicomotoras tornam-se automáticas. As reações físicas da angústia variam. A reação básica correspondente à constrição psíquica, é uma sensação difusa, não localizável, de constrição, de "aperto" interno. Outras reações comuns: opressão torácica, taquicardia, palpitações, sudoração fria (suor frio) e abundante, tremores, palidez. Pode ocorrer diarreia, dispneia, micção abundante, dores (cada pessoa tem o seu modo físico de sentir angústia). A angústia mórbida é caso particular de um fenômeno básico da condição humana: a angústia existencial diante do desconhecido, nossa criação, nosso destino na vida e morte, nossa maneira d estar no mundo. Tal angústia é a cogitação das chamadas Filosofias existencialistas, de Kierkegaard, Heidegger e Sartre.

ANSIEDADE

Ansiedade é o estado mental, em geral não consciente, que pode ocasionar sensações antecipadas de desamparo, humilhação, culpabilidade e inutilidade. A pessoa com ansiedade pode sentir-se preocupada com qualquer coisa.

ANTIPATIA

É a aversão ou repugnância contra alguém, sem motivação evidente e sem possibilidade de explicação racional. É sentimento antissocial, na medida em que o indivíduo não procura achar-lhe as raízes e combater-lhe as causas, muitas vezes removíveis e sem importância. Procurar compreender e aceitar todas as criaturas humanas, em convívio social pacífico e harmonioso, é dever de todas as pessoas que fazem parte da humanidade.

APEGO

É a fixação afetiva a pessoas, objetos ou situações, de tal forma que o indivíduo passa a valorizá-las acima do razoável. É o apego ao bem-estar que conduz à insensibilidade diante do sofrimento alheio; é o apego aos bens materiais e riquezas que levam ao esquecimento dos valores espirituais e morais.

ARREPENDIMENTO

É o sentimento de pesar que se apossa de uma pessoa, em razão de pensamentos, palavras e atos que preferia não ter concebido, dito ou praticado, e que conduz ao propósito de mudar a atitude ou de comportamento e ao ensejo de penitenciar-se pela falta cometida.

ASPIRAÇÃO

É o esforço na busca de um objetivo. ter grandes aspirações é um sintoma de pujança de vida. É, por isso, uma das características mais típicas de uma juventude sadia.

AUTENTICIDADE

Do radical grego "autos" (= eu mesmo), autenticidade é a qualidade daquilo que é autêntico. Atualmente o termo é empregado para significar aspiração de homem a ser ele mesmo. Ser autêntico significa ser isento de sofisticação, de preconceitos ou de convenções hipócritas.

AVAREZA

A pessoa com avareza é econômica ao extremo, angustiando-se quando tem que gastar qualquer coisa, sofrendo até privações. Um homem sensato e equilibrado não vive com avareza, é econômico e vive de acordo com suas possibilidades. É previdente com suas posses.

   B  

BEM

Do latim "bonus", que significa "bom", no sentido moral ou ético designa o conjunto das virtudes. É o oposto do mal, ou, pelo menos, assim nos parece à primeira vista. Sem muita cogitação metafísica, pode-se dizer que o bem é o que produz a ausência de sofrimento, mas uma ausência constante. O mal é o que faz sofrer, também de maneira constante. No vício, não raro a pessoa acha um bem, porque se sente feliz; mas esta felicidade não é constante: o aprofundamento do hábito nocivo acaba levando ao sofrimento; mas o reverso deste ainda é o bem: não há mal que dure para sempre, e ao final dele está o bem.

BENEFICÊNCIA

Do latim "bene", "bem" e "facere", "fazer". A beneficência consubstancia-se na ajuda material a quem dela necessita.

BENEVOLÊNCIA

Do latim "bene", "bem" e "velle", significa "querer bem". A beneficência significa fazer bem. Ser beneficente é ser caridoso pelo lado da ajuda material. Ser benevolente, pelo lado moral. A benevolência é uma das facetas do amor ao próximo. Inclui, geralmente a beneficência, que então passa a ser exercida com amor.

BOAS MANEIRAS

As chamadas "boas maneiras", base da civilidade ou urbanidade, quando autênticas (e não simples verniz social) decorrem de uma eficiente autoeducação: além da civilidade propriamente dita, a amabilidade, a cortesia, a tolerância, a bondade são, em última análise, boas maneiras.

   C  

CARÁTER

Etimologicamente caráter quer dizer coisa gravada. O termo pode ter dois sentidos diversos: 1 - caráter, como conjunto de disposições psicológicas e comportamentais habituais de uma pessoa. 2 - caráter relacionado à vontade, e nesse caso, significa energia, honestidade e coerência; é nessa acepção que se fala em "homem de caráter". Freud, na psicanálise, ensinou que os traços fundamentais do caráter já estão firmemente delineados aos três anos de idade, e era de opinião que os sucessos posteriores poderiam modificar, mas nunca seriam capazes de alterar fundamentalmente os traços que se formaram nessa época. Seu discípulo, Adler, assinala que ao redor dos quatro ou cinco anos se verifica a adoção de um estilo duradouro de vida.

CASAMENTO

É a união emocional, sexual e jurídica entre um homem e uma mulher, o ponto de partida para a constituição da família e tem como fim primordial a transmissão da vida e da educação dos filhos.

CASTIGO

É uma penalidade, física ou moral, imposta ao faltoso por uma autoridade legítima, para reparar a culpa ou corrigir o culposo. Os pais, conscientes de sua responsabilidade, castigam sempre com justiça, firmeza, mas também com serenidade. Certas correntes educativas pretendem eliminar completamente o castigo da educação das crianças. Os males de tais correntes tornam-se evidentes na sociedade de hoje, contribuem para criar uma juventude insubmissa a tudo e a todos. O ideal é o educando aprender por experiência, que sua má ação não ficará impune. Assim, formará aos poucos, um sistema de autocontrole pelo qual ele mesmo começará a comportar-se corretamente. É indispensável que o castigo seja aplicado com amor, sempre que possível, fazendo apelo à compreensão ao ao senso de justiça do educando, tendo em vista não apenas a falta, mas a pessoa do faltoso. De outra forma, há o risco de que este se habitue a agir por temor e seja induzido à insinceridade e aos atos clandestinos. Obs. Veja no site www.editora-opcao.com.br as Mensagens Educativas Positivas com os temas: Educação, as qualidades urgentes; Sejam más, mães!; Pai ideal, firmeza com coração; Crianças, da anomia à autonomia; A (in) disciplina e a sobrevivência da sociedade.

CAUTELA

Significa precaução, uma referência às medidas que são tomadas para se garantir contra um risco. Assim, fala-se de um homem cauteloso, no sentido de prudente, que sabe onde pisa. Cautela excessiva, no entanto, funciona como um fator inibidor do entusiasmo e das ações.

CAVALHEIRISMO

Formado pelo termo espanhol "caballero". É uma atitude habitual de distinção no trato, como expressão das virtudes morais que devem presidir à convivência humana, em especial a verdade e a lealdade. O termo teve a sua origem na instituição medieval da cavalaria. A igreja, no esforço por suavizar a rudeza dos costumes, procurou transformar o soldado bárbaro em defensor dos princípios cristãos, criando o ideal e o tipo do cavaleiro medieval. O cavalheiro seria o herdeiro das virtudes do cavaleiro medieval. O homem que cultiva as virtudes cavalheirescas dignifica a sua própria vida e é um exemplo para a sociedade a que pertence. Um exemplo típico de um cavalheiro são os lordes ingleses.

CINISMO

É a atitude de desrespeito e afronta ao meio social. O termo cinismo tem sua origem na doutrina filosófica dos cínicos, escola grega fundada por Aristóteles (444-365 a.C.), discípulo de Sócrates (470-399 a.C.). Os cínicos tinham como norma a afetação de desprezo às riquezas, desrespeito às convenções sociais, a ridicularização das pessoas e dos costumes.

COBIÇA

A cobiça de bens alheios deriva da inveja dos outros. Desde pequeno o ser humano aprende a comparar e a imitar, competir e a ter inveja.

COMPETÊNCIA

É corresponder, ajustar-se a algo. Competência é a habilitação adquirida para o correto exercício de determinada atividade. os pais, na educação de seus filhos, deveriam realizar um verdadeiro culto à competência, levando o filho a ser realmente competente como ser humano, desenvolvendo todas as possíveis qualidades de um ser humano.

COMPOSTURA

É o hábito de ordenar os gestos do comportamento no sentido de conformá-los às exigências da decência e da boa educação. São faltas de compostura, por exemplo, falar com grosseria ou infringir as normas de puder. A compostura se aprende desde a infância, e assumida com naturalidade, constitui um dos traços mais simpáticos de uma pessoa bem formada.

CONCÓRDIA

Consiste na união de vontades, dando como resultado a harmonia. A concórdia é condição básica para a felicidade no lar, no trabalho, na comunidade e na sociedade em geral. Concordar não significa, porém, aceitar passivamente a opinião alheia, por mero comodismo, embora se julgue ser a mesma errônea; mas é uma atitude dinâmica e esclarecida que leva ao exame sereno das opiniões e vontades, para que seja adotada a decisão ou linha de ação mais conveniente a todos. A concórdia nasce de uma conjugação de vontades, não da imposição de uma vontade sobre as outras.

CONDESCENDÊNCIA

Atitude de se colocar ao nível de um culpado ou faltoso, pela compreensão fazendo-se cúmplice omisso, em vez de enfrentar a falta com uma correção salutar, fazendo-se justiça.

CONFIANÇA

Do latim "confidere" (= confiar; de "cum", indicando reciprocidade + "fido", de fides, fé =ter fé em). É o sentimento de segurança inspirado por pessoas, objetos ou situações. Nas relações entre pais e filhos, entre mestres e alunos, entre cônjuges, entre amigos, a confiança é elemento básico para perfeito entendimento. A confiança tem raízes na firmeza e na sinceridade. Segundo afirmou Prentice Mulford: "Fraco é aquele que fraco se imagina, olha ao alto o que ao alto se destina. A confiança em si mesmo é a trajetória que leva aos altos cimos da vitória. Nem sempre o que mais corre a meta alcança, nem mais longe o mais forte o disco lança. Mas o que, certo em si, vai firme e em frente, com a decisão firmada em sua mente".

CONFIDÊNCIA

Do latim "confidere" (= confiar). Revelação voluntária de um segredo, a quem inspira confiança. São comuns as confidências entre amigos, sobre problemas e questões pessoais. São os pais, como amigos fiéis e verdadeiros, os naturais confidentes dos filhos.

CONFRATERNIZAÇÃO

Da raiz latina "frater" (= irmão). É todo movimento ou iniciativa que visa solidarizar indivíduos na consciência da fraternidade que os une, isto é, na consciência de que todas são, em certo sentido, irmãos como seres humanos. De fato, somos todos irmãos, enquanto membros de uma mesma família de seres humanos (terráqueos, habitantes da Terra) e mais ainda, como filhos da mesma pátria. É uma perspectiva cristã, que a ideia de confraternização recebe o seu mais sólido e real fundamento: somos filhos do mesmo Deus, do qual procede toda paternidade, enquanto autor supremo da vida. Se as comunidades humanas ainda são divididas por lutas e rivalidades que ameaçam sua própria sobrevivência no planeta Terra, é porque ainda os homens não se deram conta da sua condição de irmãos. Entretanto, é nos grandes momentos trágicos que assolam a humanidade (como os cataclismos, inundações, destruições) emerge, numa força quase instintiva, a consciência da fraternidade humana. Habituar-se a ver no outro um irmão, e não um rival ou inimigo, é o segredo para preparar-se a viver uma vida humana com dignidade e a ser um membro útil da comunidade em que vive.

CONSEQÜÊNCIA

É tudo aquilo que direto ou indiretamente se segue a uma ação. Neste sentido amplo, se aproxima da ideia de efeito. É característica do homem ponderado medir as consequências das próprias ações para saber assumir-lhes a responsabilidade.

CONSERVADOR

Um homem conservador é uma pessoa que instintivamente reage contra mudanças, quaisquer que sejam elas. A pessoa conservadora ama a rotina de cada dia e o aborrece tudo o que possa vir a modificar os seus hábitos. Sua atitude conservadora se estende a suas ideias, seus princípios, sua conduta. Suspeita sempre do que é novo. Os jovens dificilmente compreendem uma pessoa conservadora, e interpretam suas atitudes como motivadas por medo ou egoísmo.

CONSTÂNCIA

Em sentido especial refere-se à firmeza de caráter que leva o indivíduo a manter inalterável uma atitude ou disposição de espírito. É pela constância que se mede a profundidade de um sentimento afetivo ou de uma dedicação.

CONVICÇÃO

É o ato ou ação de convencer ou de convencer-se. No sentido corrente, denota uma firme adesão a princípios lógicos e morais. Todos os grandes homens da história da humanidade foram pessoas de convicções fortes. A elas chegaram seja a partir de intuições, seja a partir de estudo laborioso ou de uma larga experiência da vida. O homem sem convicções é presa fácil do ceticismo e do tédio.

CONVIVÊNCIA

Uma convivência pacífica entre grupos e povos supõe que há entre eles relações de colaboração capazes de promover o maior bem de todos. É o grande ideal para todos os seres humanos que habitam este planeta Terra, para o qual todos deviam cooperar com lealdade e eficácia. A convivência no interior das famílias exige de todos os membros um esforço permanente de abnegação, de compreensão e de amor.è uma grande arte a de saber conviver com aqueles que a vida coloca a nosso lado.

COOPERAÇÃO

A cooperação é uma ação comum para atingir determinado fim. A cooperação se manifesta até nos animais, com o fenômeno gregário. Desde os mais remotos tempos, o homem começou a manifestar a necessidade de convivência com cooperação com seus semelhantes. As tribos e os clãs acentuaram essas tendências com a permanente permuta de favores e obrigações. No homem civilizado, a cooperação se evidencia desde a mais tenra idade, através dos brinquedos. Nos diferentes estágios de crescimento vão se aprimorando formas mais evoluídas, em grupos organizados, numa interação de esforços para atingir um fim em vista. O mesmo sucede com os povos, cada vez mais interligados com a globalização, à medida que se alargam as fronteiras físicas e sociais. A cooperação torna-se, porém, mais viva quando uma situação calamitosa atinge um povo ou região. Manifesta-se, então, em toda a plenitude, traduzida em víveres, agasalhos, medicamentos, visando acudir os que estão em perigo. É inegável, através da compreensão, respeito pela pessoa humana e justiça social, o grande anseio da humanidade para, num movimento constante de dar e receber, achar o caminho para uma sempre maior cooperação.

CORDIALIDADE

A cordialidade é a qualidade de espírito constituída por um misto de afabilidade e franqueza. O cordial sabe reunir uma ausência total de duplicidade de atitudes, irradiando simpatia. Incapaz de conservar rancores, o cordial atrai e cativa todos que com ele se relacionam.

COSTUME

Na origem latina significa acostumar-se. É sinônimo de hábito. Bem sentido sociológico e antropológico cultural, significa usos e costumes de um grupo, de uma sociedade. É uma maneira de agir aprendido pela cultura do grupo onde se vive que, com o tempo, se constitui num hábito, numa norma social não escrita, respeitada pelo grupo e válida para todos os membros desse grupo. O costume é um simples modo de agir do grupo, moralmente neutro.

COVARDIA

É um estado de espírito no qual o indivíduo se deixa dominar pelo medo a ponto de se tornar incapaz de enfrentar situações difíceis ou adversas. Sob esse domínio, o covarde recorre à fuga, à mentira, à duplicidade e à traição. A irresponsabilidade é a grande escola da covardia. O irresponsável cria para si situações difíceis, cujas consequências receia enfrentar; tolhido pelo medo recorre a qualquer expediente covarde. O herói, contrário de covarde, não é aquele que não sente medo, mas aquele que sabe enfrentá-lo porque assume a responsabilidade de seus atos.

CRIMINALIDADE

Num sentido psicológico é a tendência que leva uma pessoa ao crime. Num sentido sociológico indica índices de crimes cometidos em uma comunidade e aos fatores sociais que a condicionam. A criminalidade, como fenômeno social, varia de grupo a grupo e, no mesmo grupo, passa por fases mais ou menos agudas. Os principais condicionantes causadores da criminalidade: 1) Estado de desorganização social criado, por exemplo, por uma defasagem entre processo de industrialização e da urbanização. Tal defasagem determina a marginalização de um grande contingente da população que não está preparada para as exigências dos empregadores, reduzindo as pessoas a condições de vida infra-humanas, nas quais a promiscuidade propicia o aumento de índices de criminalidade. 2) Fase de transição social profunda com crises de valores que sustentavam uma determinada ordem social, sem que outros valores se imponham à consciência individual ou coletiva. A ausência de valores, na fase de transição, permite o multiplicar-se de comportamentos aberrantes que se traduzem concretamente num aumento da criminalidade. 3) Enfraquecimento das estruturas legais e jurídicas que favorece a impunidade, a qual, por sua vez, estimula o crime. Conforme as circunstâncias e sob a ação de fatores diversos, a criminalidade pode revelar-se em termos de maior frequência num dos seguintes setores: a) crime contra a pessoa, atentando contra a vida, a integridade física, a saúde, a honra, a liberdade e inviolabilidade das pessoas; b) crime contra o patrimônio, que podem ser furto, roubo, extorsão, usurpação, dano, apropriação indébita, estelionato; c) crimes contra a propriedade imaterial como a propriedade intelectual,  os privilégios da invenção, a concorrência desleal; d) crimes contra os costumes: a liberdade sexual, a corrupção de menores, o lenocínio; e) crimes contra a família; f)c rimes contra a incolumidade pública, tais como  contra a segurança dos transportes e comunicações, a saúde pública em seus diversos setores e dimensões.

CRITÉRIOS

Sãos os princípios ou os valores pelas quais julgamos as pessoas e as coisas. Assim, fala-se em um homem de critério, para significar alguém que em seus juízos se inspira sempre em princípios retos. A pessoa sem critérios é aquela que reage ao sabor dos caprichos e das circunstâncias, sem referência a certos parâmetros científicos ou morais. Ter bons critérios e formular os juízos em função deles, é a característica de uma personalidade bem formada.

CRÍTICA

Etimologicamente o termo crítica evoca a ideia de separar, de discernir o bem do mal, o falso do verdadeiro. Assim, fazer a crítica de um livro ou de um artigo significaria explicitar os seus méritos e deméritos. Na linguagem popular, porém, o termo tem mais um significado pejorativo de ver apenas o lado maus das pessoas e das coisas ou situações. É o sentido que aparece na expressão "um espírito crítico", para designar uma pessoa perspicaz mas sempre inclinada a apontar os aspectos negativos. De modo geral, o ser humano, em suas análises de pessoas, fatos ou instituições, deixa-se levar facilmente por uma tendência pessimista pela qual critica tudo, focalizando apenas o que é errado ou negativo. É uma tendência que não traz resultados positivos e só traz reações negativas.

CRUELDADE

É o prazer de fazer mal a um ser vivo. Constitui sintoma de certas doenças mentais, embora possa surgir de forma passageira e esporádica em crianças que perseguem e maltratam outras crianças menores, ou animais pequenos e indefesos. Em sua forma doentia, ela se denomina sadismo. É evidente que defeitos de educação podem levar à prática de atos de crueldade. Pelo tratamento médico psiquiátrico e a reeducação, pode o indivíduo recuperar o equilíbrio e a sensibilidade, características de personalidade humana bem formada. Obs. Caso deseje ler mais sobre como formar uma personalidade saudável, há o livro Criança Feliz, Adulto Feliz, de Antonio de Andrade, livro encontrado pelo site www.editora-opcao.com.br

CULPABILIDADE

Estado de espírito no qual a pessoa tem a consciência de ser responsável por algo mal feito. O sentimento de culpabilidade pode assumir formas anormais, como a excessiva escrupulosidade, podendo conduzir a obsessões depressivas e angústias que paralisam todo o otimismo de viver e todo o dinamismo interior. A culpabilidade só se transforma em um fator patogênico, isto é, causa de moléstias como neuroses e psicoses, quando a culpa que lhe dá origem não é lealmente assumida pelo seu autor. Quando, ao contrário, a culpa é reconhecida por uma consciência bem formada , o sentimento de culpabilidade é um fator positivo de aperfeiçoamento moral porque ele leva ao desejo de reparar a culpa.

   D  

DECÁLOGO

É o conjunto dos Dez Mandamentos da Lei de Deus que, segundo a tradição bíblica, foram comunicados por Deus a Moisés, no monte Sinai, esculpidos em pedra, que os israelitas conservaram na Arca da Aliança.O Decálogo é a explicitação mais essencial da lei natural. Transmitida a um povo rude de pastores nômades, é apresentado numa linguagem concreta e realista, sem sofisticação. Uma cultura urbana e refinada como a sociedade atual dificilmente sabe apreciar o seu sabor ingênuo, mas não há dúvida de que, na sua rudeza original, o Decálogo é a síntese mais perfeita de toda a experiência moral e religiosa da humanidade. É o código mais simples e mais fundamental sobre o qual, em última análise, repousam todas as legislações que regulam o comportamento humano. O texto original do decálogo diz assim:  - Não terá outros deuses diante de minha face. II - Não farás esculturas nem quaisquer imagens do que está no alto dos céus, ou embaixo sobre a terra, ou no fundo das águas mais baixo que a terra. Não te prostrarás diante delas nem lhes prestarás culto. Sou eu o Senhor, teu Deus, um deus austero e cioso que pune a iniquidade dos pais nos filhos, nos netos e bisnetos, daqueles que me odeiam, mas que faz minha misericórdia até a milésima geração daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos. III - Não pronunciarás em vão o nome de Yahweh, teu Deus, porque o Senhor não deixará impune quem pronunciar o seu nome em vão. IV - Lembra-te de santificar o dia de sábado. Durante seis dias trabalharás e te dedicarás a tuas atividades. Mas, no sétimo dia, que é um dia de repouso em honra do Senhor, teu Deus, não fará nenhum trabalho, nem teu servo, nem tua serva, nem teu gado, nem o estrangeiro que está entre teus muros, porque em seis dias o Senhor fez o céu, a terra, o mar e tudo que neles contêm, e ele descansou no sétimo dia. Por isto, o Senhor abençoou o dia de sábado e o consagrou. V - Honra teu pai e tua mãe para que teus dias se prolonguem sobre o solo que te dá o Senhor, teu deus. VI - Não matarás. VII - Não cometerás adultério. VIII - Não furtarás IX - Não levantarás falso testemunho contra o teu próximo. X - Não cobiçarás a casa de teu próximo; não cobiçaras sua mulher, nem seu servo, nem sua serva, nem seu boi, nem seu cavalo, nem nada do que lhe pertença. 

DEDICAÇÃO

É o sentimento que conduz o indivíduo a empenhar-se de todo o coração e com todas as suas forças na realização de um trabalho ou na luta por uma causa que lhe pareça nobre, ou no serviço a uma pessoa digna de estima. Dedicação importa em sacrifício consciente e voluntário. Por isso, mesmo as manifestações de amor, especialmente dos pais pelos filhos, são sempre impregnada de dedicação.

DELINQÜÊNCIA

É um comportamento individual ou grupal anômalo que ameaça o bem estar do grupo ou de pessoa. O aumento da delinquência, principalmente nos grandes centros urbanos, estimulou estudos e pesquisas sobre o problema. Descobriu-se fatores psíquicos de natureza motivacional cuja ação é diversamente interpretada nas diversas escolas psicológicas. Hoje se reconhece com mais clareza a importância dos fatores sociológicos referentes ao ambiente e, em especial, à família, dada a expressiva correlação observada entre a delinquência e a desintegração familiar. Os estudos mais recentes, entretanto, convergem para a conclusão de que todos esses fatores, biológicos, psíquicos e sociais, têm um caráter condicionante relativamente à delinquência. Oferecem, esses fatores, condições que podem acentuar ou coibir a tendência ao delito. O fator determinante fica sempre com o livre exercício da vontade, conclusão que mostra a importância dos meios ético-educacionais, tanto na prevenção como na reabilitação da delinquência. A recrudescência do fenômeno trágico da delinquência juvenil e mesmo infantil, característica de nosso tempo, parece chamar a atenção da opinião pública para a urgência de enfrentar sistemática e eficaz\mente o problema, não só pelo esforço coletivo de suprimir os fatores condicionantes da delinquência como também, pela revisão de métodos educativos voltados para a formação do caráter e a educação para a responsabilidade. Obs: Para aprofundar este assunto, em especial a formação da disciplina e responsabilidade nas crianças e jovens,  poderá pesquisar no livro "Disciplina e a educação para a cidadania", do escritor Antonio de Andrade e pedagoga Vera Lucia Ramos de Oliveira, livro encontrado pelo site www.editora-opcao.com.br

DEPRESSÃO

Pesquisas têm demonstrado que as mulheres são duas vezes mais propensas que os homens à depressão (sentimento de tristeza, de desânimo) e uma das razões é a diferença entre como cada sexo reage quando está deprimido. As mulheres procuram outras mulheres para falar do assunto, remoendo os porquês, prolongando a tristeza e a depressão. Os homens, de modo diferente, quando ficam deprimidos, procuram se distrair; e muitos caem em outro problema, o alcoolismo. A depressão aumenta em cinco vezes as chances de morte após ataque cardíaco, revela trabalho publicado no Journal of the American Medical Association. A depressão, o isolamento e a solidão podem ser muito prejudiciais à saúde do coração. Daniel Goleman que escreveu inteligência Emocional tem mostrado que a intimidade, o apoio emocional e as relações sociais são tão - ou mais - importantes para a saúde do coração, quanto os exercícios físicos e a dieta saudável.

DESPERDÍCIO

É o gasto desnecessário de dinheiro ou valores de qualquer espécie, do mesmo mo do como de quaisquer coisas, como luz ou ságua e outras coisas. É uma das causas da miséria existente no mundo, porque aquilo que se esbanja certamente poderia ser aproveitado por outras pessoas. O desperdício é demonstração de falta de espírito de fraternidade e da compreensão dos deveres que cada um têm em relação à comunidade em que vive. Desperdiçar alimentos, água, luz, calçados, objetos, dinheiro, etc, é contribuir para aumentar os problemas que o mundo atravessa.

DESPREZO

É não dar o devido preço ou valor a algo. Falta de apreço ou consideração relativamente a uma pessoa ou objeto. O desprezo é, muitas vezes, resultante da inveja e sempre prova de orgulho.

DISCIPLINA

Sem, disciplina é impossível que uma organização ou grupo realize a sua finalidade, porque a indisciplina é anarquia. É comum encontrar jovens que não aceitam qualquer disciplina, que preferem criar o caos, numa atitude de "quanto pior, melhor". A disciplina, longe de ser contrária à liberdade, é a condição indispensável para garantir a todos o máximo de liberdade no uso de seus direitos e no respeito aos direitos alheios. Uma nação tem os seus dias contados quando a indisciplina penetra na família e daí invade a escola e os serviços públicos civil e militar. A disciplina pessoa é o hábito adquirido de acatar espontaneamente os regulamentos e autoridades às quais se deve obediência. Obs: Para aprofundar este assunto, em especial a formação da disciplina e responsabilidade nas crianças e jovens,  poderá pesquisar no livro "Disciplina e a educação para a cidadania", do escritor Antonio de Andrade e pedagoga Vera Lucia Ramos de Oliveira, livro encontrado pelo site www.editora-opcao.com.br

   E  

EDUCAÇÃO

Processo pelo qual uma pessoa ou grupo de pessoas adquirem conhecimentos gerais, científicos, artísticos, técnicos ou especializados, com o objetivo de desenvolver sua capacidade ou aptidões. A educação pode ser recebida em estabelecimentos de ensino ou através de experiência cotidiana por intermédio de contatos pessoais, leituras, viagens, etc. Quando a educação é excessivamente severa pode levar as crianças a inibir-se e retrair-se. A educação é uma atividade que visa levar o ser humano a realizar as suas potencialidades físicas, intelectuais, morais e espirituais. Abrange o desenvolvimento integral do homem. É um processo contínuo pois se estende desde as origens até a morte da pessoa. A educação tem uma fase intensiva e sistemática na fase da infância, adolescência e juventude, como esforço para transmissão do patrimônio cultural da humanidade às novas gerações. Para essa transmissão cooperam a família, a escola, a igreja, o Estado. Toda educação se baseia numa filosofia de vida e cada indivíduo tem o direito de ser educado de acordo com a filosofia de vida da família a que pertence, pois esta tem prioridade relativamente à educação da prole, por ser a instituição familiar anterior à da sociedade civil e do Estado.

EFICIÊNCIA

É fazer, criar, consumar uma obra. É a qualidade de quem é eficiente. É uma das características mais valorizadas numa civilização tecnológica. O eficiente é aquele que encontra solução para todos os problemas, usando poucos recursos. A eficiência engloba os ideais de senso de responsabilidade e de dinamismo criador. Ela se adquire através da educação voluntária e de uma formação científica, técnica ou profissional que fornecem os meios para equacionar corretamente os problemas e empenhar-se na sua superação.

EGOÍSMO

O termo egoísmo designa amor de si mesmo. O egoísmo natural, psicológico, sem conotação pejorativa, é uma tendência natural, inata em casa ser, a se preservar e se desenvolver. Nesse tipo de egoísmo está o instinto de conservação. Sem este egoísmo natural, o homem não procuraria o bem e a felicidade, o amor. O termo egoísmo é pouco conhecido nesse sentido filosófico devido ao fato de lembrar mais o seu sentido moral, de amor exclusivo ou excessivo de si mesmo, subordinando tudo ao próprio interesse. O egoísta procura sempre e em tudo o seu interesse imediato e para alcançar o seu objetivo não leva em conta nenhum princípio moral. A falcatrua, a traição, a felonia, tudo para ele é bom, desde que favoreça a seus objetivos pessoais. O egoísta é dominado pela ambição e pela inveja. Incapaz de alegrar-se com a felicidade alheia, só vê nos outros os competidores que é preciso neutralizar ou eliminar. Todo o dinamismo do egoísta, sua vontade, são polarizadas pelo objetivo único de ampliar suas próprias satisfações. Egoísmo é a atitude mais estéril e mais infeliz. Do ponto de vista social, o egoísmo é a raiz amarga de todos os males que afligem a humanidade. O egoísmo dos indivíduos exaure, numa luta por interesses solitários, um dinamismo que poderia ser canalizado para o bem de todos. O egoísmo das classes alimenta as lutas e os conflitos. O egoísmo insaciável e a ganância de muitos ricos provoca o ressentimento e a revolta dos pobres. O egoísmo das nações é um dos principais responsáveis pela divisão do mundo em países de abundância e países de miséria. Não é moralismo inócuo pregar o ódio ao egoísmo, porque ele contamina todas as estruturas sociais, esteriliza todas as reformas e neutraliza os efeitos de qualquer esforço de planejamento racional. A grande tarefa dos pais e educadores, a grande responsabilidade dos jovens que assumem em suas mãos a construção da própria personalidade é precisamente esta: coibir o egoísmo, descobrir a nobreza dos ideais altruístas e polarizar para eles o próprio resultado da vida.

EMOÇÃO

É uma reação psicológica complexa pois engloba fenômenos psicológicos e fisiológicos como alegria, tristeza, cólera, medo, preocupação, rancor, ansiedade, etc.

EMULAÇÃO

É o sentimento que incita a imitar outrem ou a tentar excedê-lo. O princípio que rege a emulação é o oposto do sentimento de inferioridade. Todo indivíduo possui forças potenciais capazes de serem desencadeadas. Habilmente estimuladas essas forças podem levá-lo a um esforço, através do qual procura igualar-se a seus semelhantes e até mesmo a ultrapassá-los. A primeira etapa da emulação é, pois, a imitação; a seguir o indivíduo, além da tendência de "fazer como o outro", passa a ter o desejo de "fazer melhor que o outro". Como estimulante das energias humanas, a emulação é da maior importância.Não consiste em criar interesse fictícios, nem situações irreais, mas em realizar a ordenação de forças para obter melhores resultados. A emulação tem sua importância reconhecida nos meios profissionais, manifestando-se através de congressos, exposições, prêmios e até isenção de impostos. A aplicação básica da emulação, nos meios escolares, assume formas variadas: prêmios,  boas notas, aprovação, quadros de honra, concursos e competições, etc. Esta emulação deve ser feita acentuando-se o resultado da classe em geral, e não dos alunos individualmente, pois a competição individual pode levar a um nocivo espírito de rivalidade, que vê no outro apenas o concorrente e não o colaborador. A melhor emulação não consiste tanto em estabelecer-se um paralelo consigo mesmo: convém antes de tudo, que o indivíduo compare o que foi feito antes com o que é hoje, a fim de compreender que se trata menos de ultrapassar os outros do que ultrapassar-se a si mesmo.

ENTUSIASMO

Do grego "en" + "théos" + "asmos" que significa o sopro divino, ser penetrado por um sopro divino. A origem do termo se prende assim à idéia da exaltação que experimentavam os que se sentiam habilitados por um deus. Hoje, o termo perdeu sua referência religiosa para significar uma exuberância de sentimentos, com as seguintes características:  O entusiasmo é efusivo, manifesta-se através da abundância de palavras e da agitação de gestos e movimentos. Ele é comunicativo e contagiante, empolga os demais e arrasta para seus intentos. Ele é otimista, subestima as dificuldades e tem certeza que serão vencidas num ímpeto de autoconfiança. Ele é efêmero e passageiro. Como todo sentimento intenso, consome rapidamente as próprias energias e pode ser seguido por uma fase de depressão. Um artigo de Seleções divulgou a mais preciosa herança que alguns filhos ganharam dos pais. Nem foi inteligência nem riqueza, mas entusiasmo. O entusiasta busca, continuamente, novas oportunidades para crescer. O entusiasmo faz milagres, como no caso de Neemias que reconstruiu os muros de Jerusalém: "O povo tenha ânimo (entusiasmo) para trabalhar". (Ne 4:6). E também na Bíblia, o entusiasmo é incentivado: "sede fervorosos de espírito" (Rm 12:11)A vida sem entusiasmo é como comida sem tempero.

EQÜIDADE

É uma virtude que complementa a justiça e que consiste em, reconhecer os direitos de cada um, mesmo sem levar em conta as exigências estritas da lei escrita. Para se poder ser igualmente justo com todos é preciso levar em conta as situações individuais com seus aspectos peculiares. É esta a função da equidade e é neste sentido que ele complementa a justiça. Agir com equidade é difícil, especialmente no caso de educadores diante de classes heterogêneas, onde a atenção às condições individuais pode degenerar em favoritismo.

ESMOLA

O termo esmola significa em bem material doado a um necessitado. Primitivamente, o termo exprimia uma atitude, um sentimento de compassividade para com o necessitado. Este sentimento se manifestava, naturalmente, através de um auxílio material que, aos poucos, passou a absorver todo o sentido da esmola. Na tradição cristã, dar do supérfluo ao necessitado não constitui propriamente uma esmola porque o necessitado tem um direito natural a ela. Há maneiras e motivos falsos e autênticos de dar esmola. Os falsos consistem: 1 - dar como exibição de generosidade; 2 - dar para obter popularidade; 3 - dar como um anestésico da própria consciência para se eximir às responsabilidades da justiça social, tornando a esmola um mero paliativo que atenua a dor do necessitado, sem atingir as causas de sua miséria. Os motivos autênticos são: 1 - atender a uma necessidade premente que não pode esperar por providência mais completa; 2 - encontrar na esmola um estímulo para realizar reformas tais que suprimam as necessidades, inclusive a de pedir esmola; 3 - ajudar ao necessitado a superar as condições que o levaram a esmolar.

ESPERANÇA

Sentimento que leva o homem a olhar para o futuro, considerando-o portador de condições melhores que as oferecidas pelo presente, de tal sorte que a luta pela vida e os sofrimentos são enfrentados como contingência passageira, na marcha para um fim mais alto e de maior valor.

ESTIMA

Do latim "aestimare" (= apreciar, avaliar). É o sentimento de afeto ou apreço por uma pessoa, animal ou objeto. Implica numa idéia de avaliação ou julgamento do mérito. Um indivíduo de caráter bem formado conquista, geralmente, a estima das pessoas com as quais convive. A estima difere da amizade porque não implica em reciprocidade.

ESTÍMULO

Do latim "stimulus". Significa, segundo a Psicologia, tudo aquilo que é capaz de provocar uma reação psicológica ou fisiológica.

EVOLUÇÃO

 É o processo contínuo e gradativo pelo qual um ser ou um fenômeno desdobra suas potencialidades imanentes até atingir a plenitude de sua realização.

EXEMPLO

É toda ação que, voluntária ou involuntariamente, vem a se constituir em modelo para idêntica ação de outro. O termo ação é usado aqui em sua mais ampla generalidade, compreendendo gestos, comportamentos, atitudes, formulação de juízos ou sentimentos, expressões, linhas de conduta e o próprio modo de viver.Tais ações podem ser feitas com a intenção de modelar o comportamento alheio ou sem ela. Ninguém pode se eximir da responsabilidade da influência imitativa de suas ações, porque vivemos em sociedade na qual a imitação é um dos processos de aprendizagem. O bom exemplo tem um enorme poder de influência. Já os antigos diziam: As palavras movem, os exemplos arrastam. Muitos gestos nobres, muitas vidas heroicas tiveram seu primeiro impulso num exemplo silencioso e obscuro, de um pai, de um mestre, de um amigo. A coerência entre o que se diz e o que se faz, é um dos mais altos valores da personalidade que pode exercer influência decisiva numa comunidade. Já a influência nefasta do mau exemplo é igualmente incalculável, porque se propaga como uma reação em cadeia, cuja consequência pode ser a perversão de toda uma geração. Não é absurdo dizer que um dos fatores de desregramento moral de certos setores da juventude foi o mau exemplo recebido dos pais e dos educadores, além de grande influência negativa da TV e dos filmes de violência.O maior exemplo positivo que os pais podem dar a seus filhos é o de serem pais felizes e saudáveis, em todos os aspectos.

Por mais desvairada que uma geração corra ao precipício, os exemplos salutares sempre se lhe gravam na lembrança. (Rebelo da Silva)

EXPERIÊNCIA

No sentido científico é uma fonte de conhecimento que consiste em provocar sistematicamente um fenômeno, em condições controladas e mensuráveis pelo observador. No sentido popular, experiência denota uma sabedoria humana aprendida na escola da vida. Nesse sentido, diz-se que os velhos têm experiência. Uma longa vida permite-lhes passar tantas vezes por situações tão diversas que puderam assim acumular um acervo de conhecimentos práticos que os mais jovens não podem, em geral, possuir. A geração jovem pouparia numerosos dissabores se acatasse os conselhos dos mais velhos, mesmo sem atinar com a sabedoria oculta que os inspira.

 

   F  

FAMÍLIA

Uma das funções da família é a educativa que proporciona aos filhos os meios necessários para participar da vida em grupo: ensina os rudimentos da linguagem, inculca os hábitos indispensáveis para que eles possam viver numa sociedade humana civilizada. A vida social requer um longo aprendizado, que só pode ser ministrado através de uma ação perseverante e carinhosa. É a família que ensina aos filhos a assumirem com naturalidade inúmeros comportamentos e atitudes, sem os quais os filhos seriam desajustados sem condições de convívio social. A família é o lugar natural onde o amor, a mais profunda exigência humana, se realiza e se expande: amor mútuo de homem e mulher; amor de ambos pelos filhos que são a síntese viva deles mesmos e a garantia de sua prolongação e sobrevivência no tempo; amor dos filhos aos pais e irmãos entre si. Quando a família falha nessa função, os reflexos dessa falência podem traumatizar profundamente os seus membros e dar origem a desajustes psíquicos que repercutem em toda a sua vida. Atualmente as famílias estão perdendo a estabilidade, em especial devido ao reduzido número de membros (no passado as famílias eram mais numerosas, com muitos filhos). Estatisticamente j´[a está comprovado que a frequência de separações e divórcios é maior em famílias pequenas do que em famílias numerosas. O principal fator desta instabilidade crescente é de ordem ideológica, ou seja, um número sempre maior de jovens nubentes vê no matrimônio não uma responsabilidade, mas apenas uma oportunidade de prazer. Quando na vida conjugal o prazer não compensa mais os sacrifícios, o vínculo se rompe, e cada cônjuge vai tentar novas aventuras, voltadas ao mesmo fracasso, porque baseadas na mesma concepção.

FAVORITISMO

Do vocábulo italiano "favorito". É uma forma de injustiça caracterizada pela atribuição de vantagens motivadas não em razões objetivas dos méritos e competências, mas em razões subjetivas de interesses ou preferências. O favoritismo prejudica: 1 - aquele que aparentemente é o beneficiado, tirando-lhe a alegria de vencer pelo próprio esforço e incapacitando-o para uma concorrência leal com competidores; 2 - ao grupo, que além do justo ressentimento que o favoritismo nele suscita, ainda tem de arcar com os prejuízos decorrentes da falta de capacitação que o favorito geralmente apresenta para o exercício de algum serviço ou atividade que lhe foram atribuídas. No lar e na escola o favoritismo é fonte de complexos emocionais e muita frustração, criando revolta e insatisfações.

FELICIDADE

Do latim "felicitas". Num primeiro sentido, o termo conota a ideia de sorte favorável, como quando se diz que alguém teve a felicidade de encontrar um homem honesto para o seu negócio, ou de comprar um bilhete premiado. Neste sentido, a felicidade seria o resultado de fatores puramente aleatórios. Num sentido mais amplo, felicidade significa a ideia de plena satisfação, uma sensação de alegria, de paz e de plenitude interior. Neste sentido, todo homem tem na vida momentos de felicidade ou mesmo períodos mais longos, nos quais ele desejaria que o tempo parasse para que aquela sensação se transformasse numa situação definitiva. Nesses momentos é que se torna possível intuir a felicidade no seu sentido mais preciso: ausência de todo mal, fruição de todo bem de que a natureza humana é capaz e certeza absoluta da permanência definitiva desse estado. É esta plenitude de felicidade que todo homem procura através de seus esforços e trabalhos. Ela é o polo oculto que magnetiza o dinamismo humano. Toda ação humana, mesmo os gestos mais simples, é atravessada por este magnetismo. Se este cessasse, o homem perderia o sentido de viver e seria prostrado pelo tédio. A felicidade é aquilo que todos buscam, adotando, porém, caminhos diversos para alcançá-la. Uns imaginam encontrá-la através de riquezas porque supõem que com dinheiro tudo se compra e que a felicidade é uma mercadoria como outra qualquer. A verdade, porém, é que muitos ricos morrem de tédio, e que as mais altas taxas de suicídio se registram nos países e nas camadas mais ricas. Outros imaginam encontrar a felicidade na afluência de prazeres; desde os mais altos prazeres do espírito, o prazer da descoberta e da criação intelectual, o prazer estético, até os prazeres que mais de perto confinam com a animalidade: a sexualidade e a glutonaria. Outros, enfim, esperam alcançar a felicidade na fruição da honra, do prestígio que acompanha, em geral, o exercício do poder.

O verdadeiro objetivo do ser humano é mais vida - vida mais plena, seja qual for nossa definição de felicidade, só experimentaremos a felicidade na medida que experimentarmos mais vida. Vida mais plena significa maior número de realizações, conquista de objetivos dignos, mais amor, mais felicidade tanto para nós como para nossos semelhantes. (Dr. Maxwell Maltz)

FIDELIDADE

É a coerência de atitude em face de um compromisso, dever ou afeição. É a fidelidade que cria o clima de confiança indispensável ao convívio social.

FINGIMENTO

Simulação ou duplicidade de caráter. Consiste em apresentar reações falsas diante de fatos e situações, aparentando emoções e sentimentos que não correspondem à realidade. O fingimento é falta grave de caráter, mais prejudicial ao indivíduo que a possui, do que àqueles com os quais convive. Em geral, o fingimento está ligado à ambição, à covardia, à adulação e à lisonja.

FIRMEZA

Do latim "firmus" (= forte, sadio, firme). O termo, em sua conotação moral, indica uma qualidade das pessoas de caráter.  É a característica daqueles que não se afastam da norma da retidão, nem por interesse, nem por lisonjas, nem por fúteis motivos sentimentais. A firmeza é um fator imprescindível para uma educação sadia e forte. É ela que tempera o caráter e prepara o homem para as lutas da vida. A firmeza em exigir o cumprimento do dever se concilia com as exigências da equidade e deve sempre, ser aplicada com serenidade e sem paixões.

FORTALEZA

É a virtude moral que dá forças à pessoa para o exercício do bem, sem deixá-la abater pelas dificuldades. Nesse sentido diz-se de uma pessoa que enfrenta os revezes da vida sem esmorecer que "ela tem fortaleza de ânimo". A fortaleza é sempre resultante da boa formação moral temperada na escola do sofrimento.

 

   G  

GENEROSIDADE

É a nobreza  de ânimo que leva uma pessoa a empenhar-se o que é e o que possui para o bem alheio. Opõe-se à mesquinhez e a generosidade torna a pessoa capaz de compreender e desculpar as fraquezas e falhas dos outros, ainda mesmo quando prejudicado por elas.

GULA

Muitas pessoas com o vício da gula justificam que precisam comer muito e se regalam com os prazeres da mesa, alimentando-se além do que na realidade necessitam. Em geral, os que possuem o vício da gula, ficam gordos.

   H  

HÁBITOS

São aquelas formas de atividade que, pela sua própria repetição, a pessoa realiza como que automaticamente. Assim, o ser humano pode adquirir hábitos físicos, mentais e morais. Os hábitos mais profundos e arraigados são os adquiridos na mais tenra idade. É pelo mecanismo dos hábitos que o ser humano aprende a andar e falar, adquire a prática de esportes ou a técnica de uma arte. Em última análise, as virtudes e vícios não passam de hábitos morais, bons ou maus, conforme o seu objetivo é ou não favorável ao desenvolvimento pleno e harmonioso da natureza humana. Adquirir bons hábitos, desde a infância, sob a orientação de pais e educadores esclarecidos, é uma vantagem inestimável para um desenvolvimento equilibrado e saudável como ser humano.

HEREDITAREDADE

É um fenômeno biológico pelo qual os ascendentes (pais) transmitem aos descendentes (filhos) certas qualidades. Herdado é aquilo que é transmitido nas células germinativas dos pais no momento da fecundação. Inato é aquilo com que nascemos.

HOMEM DE BEM

É a pessoa que desenvolveu as suas potencialidades, em alto grau. Quais seriam essas potencialidades? Um conjunto de qualidades universalmente aceitas foi escrito pelo francês Léon Hippolyto Denizard Rivail, que se tornou mundialmente célebre sob o pseudônimo de Allan Kardec (1804-1869). (Ubiratan Rosa, Moderna Enciclopédia Brasileira, G. Lopes Editora, 1979, pp 332-334). "O verdadeiro homem de bem é aquele que pratica a lei da justiça, de amor e caridade, na sua maior pureza. Se interroga a sua consciência sobre os próprios atos, pergunta se não violou essa lei, se não cometeu o mal, se fez todo o bem que podia, se não deixou escapar voluntariamente uma ocasião de ser útil, se ninguém tem do que se queixar dele, enfim, se fez aos outros tudo aquilo que queria que os outros lhe fizessem.  O homem de bem tem fé em Deus, na sua bondade, na sua justiça e na sua sabedoria; sabe que nada acontece sem a sua permissão e submete-se em todas as coisas à sua vontade. Tem fé no futuro, e por isso coloca os bens espirituais acima dos bens temporais. O homem de bem sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações, e as aceita sem murmurar. É homem possuído pelo sentimento de caridade e de amor ao próximo, fazendo o bem pelo bem, tornando a defesa do fraco contra o forte e sacrificando sempre o seu interesse à justiça.  O homem de bem encontra sua satisfação nos benefícios que distribuem, nos serviços que presta, nas venturas que promove, nas lágrimas que faz secar, nas consolações que leva aos aflitos. Seu primeiro impulso é de pensar nos outros, antes que em si mesmo, de tratar dos interesses dos outros, antes que dos seus. É homem bem, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raça e nem de crenças, porque vê todos os homens como irmãos. Respeita nos outros todas as convicções sinceras e tem amor ao próximo. Não tem ódio nem rancor, nem desejos de vingança. A exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e não se lembra dos benefícios. O homem de bem é indulgente para as fraquezas alheias. Não se compraz em procurar os defeitos dos outros, nem  a pô-las em evidência. Estuda as suas próprias imperfeições e trabalha sem cessar em combatê-las. Todos os seus esforços tendem a permitir-lhe dizer, amanhã, que traz em si alguma coisa melhor do que na véspera. Não tenta fazer valer nem o seu espírito, nem os seus talentos, a expensas dos outros. Pelo contrário, aproveita todas as ocasiões para fazer ressaltar as vantagens dos outros. O homem de bem não se envaidece em nada com a sua sorte, nem com os seus predicados pessoais, porque sabe que tudo quanto lhe foi dado pode ser retirado. Se nas relações sociais alguns homens se encontram na sua dependência, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus. Usa sua autoridade para erguer-lhes a moral e evitar tudo quanto poderia tornar mais penosa a sua posição subalterna. O homem de bem, enfim, respeita nos seus semelhantes todos os direitos que lhe são assegurados pelas leis da natureza, como desejaria que os seus fossem respeitados."

HONESTIDADE

Na origem latina do termo, "honestitas", tinha um sentido amplo, a ponto de compreender todas as virtudes de uma vida pautada segundo a razão natural. Hoje o termo tem um sentido mais restrito e refere-se, principalmente, à veracidade da palavra e à lisura nas relações de justiça. O homem honesto é aquele que não mente, que respeita a palavra dada, incapaz de qualquer apropriação indébita em seus negócios e no exercício de suas responsabilidades públicas ou privadas. Assim, a honestidade é uma virtude moral e cívica, sem a qual é impossível a superação do subdesenvolvimento. A honestidade administrativa de dirigentes eleitos pelo povo realiza milagres e é a condição básica do desenvolvimento e do progresso de uma cidade, de um Estado ou de uma Nação.

HUMILDADE

Do latim "humilitas", de "humilis" (= pequeno, perto do chão (= humus). A humildade é uma virtude que conduz o indivíduo à consciência das suas limitações. O humilde não se deixa lisonjear pelos elogios ou pela situação de destaque em que se encontre. Todo sábio é humilde porque sabe que só sabe pouco do muito que deveria saber. E todo homem verdadeiramente grande possui humildade. Humildade não é fingimento, mas consciência clara do valor relativo e passageiro das coisas.

   I  

ICONOCLASTA

Do grego "Icon" (= imagem) e "Clastein" (= quebrar). Historicamente o termo designou um movimento liderado por Leão II, o Isáurico (675-741), imperador do Oriente, que combatia implacavelmente as imagens dos santos. O termo hoje é empregado em sentido analógico para designar os que se insurgem contra os ídolos populares, os mitos e os símbolos em que uma história ou uma cultura configuram os seus valores espirituais. Todo crítico, de certo modo, exerce uma ação iconoclasta. Esta é útil na medida em que contribui para a demolição de mitos inautênticos ou de símbolos de falsos valores. A juventude revela sempre uma certa tendência iconoclasta a queimar tudo o que os outros, mais velhos, adoraram. Chegada à idade adulta, porém, ela acaba muitas vezes por adorar o que queimaram.

IDEALISMO

 Atitude de espírito aberta a um ideal. Idealista é aquele que crê no poder das ideias e na nobreza de sentimentos, para reformar o homem e a sociedade. O idealismo é uma das características mais nobres da juventude, onde encontra a fonte de sua inspiração e de suas ações.

IMITAÇÃO

É a reprodução, feito por uma pessoa, de atitudes ou atos, de outra pessoa. A imitação tem grande importância na vida social: contribui para a homogeneidade e, por conseguinte, para a estabilidade do grupo social, difundindo modos e fixando hábitos e costumes; é elemento básico para a educação; é fator de progresso porque leva à propagação de ideias, de comportamentos e processos sociais seja de indivíduo a indivíduo, seja de grupo a grupo, provocando a combinação desses elementos com outros anteriormente existentes, daí surgindo novas formas de pensamento e de ação.

INDEPENDÊNCIA

Pais e educadores conscientes preparam as crianças para serem adultos independentes e responsáveis pelas suas próprias vidas. Prepararam-nos para se tornarem o melhor que puderem ser.

INFÂNCIA

É o período da vida que precede a adolescência. Esse período se caracteriza 1 - pela grande dependência do ser humano com relação a seus pais e ao quadro familiar. Diferentemente do que acontece com os animais que nos primeiros dias ou meses de vida são capazes de subsistir por si mesmos, a criança necessita dos cuidados dos adultos pois sem eles, pereceria em poucas horas.  2 - pela sua plasticidade tanto física quanto psíquica, propriedades que dão a esta fase da vida, a sua enorme capacidade de aprendizagem e assimilação das impressões e experiências  que permanecerão para o resto da vida. É a idade em que, sob a ação dos pais e educadores, o ser humano se equipa do conjunto de hábitos e maneiras de agir que preparam para a vida em sociedade. Essa característica da infância impõe as adultos mais velhos que com elas entram em contato a grande responsabilidade de portar-se sempre com dignidade diante dela. 3 - pelo seu poder precoce de intuir, mesmo antes de ser capaz de conceitualizar ou de exprimir em palavras o que ela capta do mundo exterior. Desde os primeiros meses de vida, a criança atinge com extraordinária sutileza, certas realidades globais que vão influir decisivamente em sua atitude perante a vida. É grande engano pensar que, pelo fato de a criança não compreender, não há mal algum em ter diante dela um comportamento livre. Ela registra com extrema nitidez a imagem e intui sua significação global e esta imagem registrada poderá ser causa de complexos e traumas, dificilmente detectáveis no futuro. Para se desenvolver normalmente, a infância necessita de um clima familiar sadio, e principalmente de amor leal, dedicado e carinhoso, o que não significa a condescendência com seus caprichos e teimas. Do sorriso da infância depende que haja um pouco mais de felicidade no mundo.

INSTINTO

Conjunto de tendências naturais que derivam das necessidades fundamentais ou primárias do ser vivo. Em virtude dessas necessidades, o organismo é impulsionado a agir de modo a satisfazê-las, favorecendo sua preservação própria e a da espécie.

INTEGRIDADE

É a qualidade daquele a que nada falta. Do ponto de vista moral, entretanto, sugere-se a ideia de um caráter sem falhas que se manifesta por uma absoluta honestidade no cumprimento dos deveres. Pesquisa realizada em Maio de 1998 entre as principais empresas do Rio Grande do Sul a S. Paulo, constatou que as empresas buscam em novos executivos, além das características de liderança e ação em busca de resultados, a característica integridade como pessoa, isto é, característica de caráter e personalidade.  Na Revista Claudia de fevereiro de 2002, página 118: "Uma boa impressão é a que fica. As qualidades que podem impressionar alguém, a honestidade encabeça a lista seguida da gentileza e atenção para com as pessoas. Essa é a opinião de Jo-Ellan Dimitrius e Mark Mazzarella, autores do livro Começando com o pé direito. A lista é a seguinte: 1 - Honestidade 2 - Gentileza 3 - Confiabilidade 4 - Interesse pelo que dizem os outros 5 - Inteligência 6 - Competência 7 - Humildade 8 - Expansividade (comunicativo, aberto) 9 - Autoconfiança 10 Boa aparência. 

INTROSPECÇÃO

É o esforço de auto-observação interior, através do qual o indivíduo busca descobrir as causas, a evolução e os efeitos dos fenômenos psicológicos ocorrentes em si mesmo.É um processo inteiramente subjetivo.

INVEJA

Ver, olhar com maus olhos. É o sentimento de desgosto em face do bem alheio, acompanhado do desejo de que esse bem seja destruído. O invejoso não se contenta nunca com aquilo que possui ou recebe, e fica revoltado com os benefícios, alegrias ou felicidade de qualquer tipo atribuídos a outra pessoa. A inveja leva à maledicência (falar mal dos outros) e à calúnia.

   J  

JUSTIÇA

Do latim "Justitia". É o dever moral de dar a cada um o que lhe é devido. É a base insubstituível de todo relacionamento não só das pessoas entre si, como entre as pessoas e o Estado, e dos Estados entre si. Sem justiça, a vida social se torna uma imensa hipocrisia e um latrocínio organizado. Uma das maiores responsabilidades da educação é inculcar, pela palavra e pelo exemplo, o senso de justiça, que se traduz numa consciência clara dos próprios direitos e deveres e no respeito aos direitos dos outros.

   L  

LAR

É o local de residência do indivíduo ou a unidade social básica - a família.

LEALDADE

É uma atitude de solidariedade com os membros do grupo, que se manifesta pela verdade no falar e pela fidelidade no cumprimento das responsabilidades assumidas.

LIBERDADE

Do latim "libertas", de "liber" (= livre). Primitivamente, no seu valor original, o homem livre era o que não se encontrava preso ou em condições de escravo. Liberdade designava assim, o estado de quem podia agir por sua vontade, sem imposição de outrem. No plano social e político, liberdade significa um estado de ausência de coerção. Liberdade política significa o uso responsável dos direitos e exercício consciente dos deveres. No sentido psicológico, liberdade é a capacidade de ser racional e consciente de autodeterminar-se ante várias opções.

   M  

MALEDICÊNCIA

Maledicência é falar de, falar mal dos outros. Um comportamento considerado negativo, prejudicando o relacionamento entre as pessoas. Revela insegurança. É a falta de caráter que conduz o indivíduo a falar mal de seus semelhantes divulgando suas fraquezas e defeitos. O maledicente tem prazer em descobrir e revelar verdades pouco favoráveis a outros indivíduos, e o faz, na maior parte das vezes, por ociosidade, ignorância, falta de caridade e incapacidade de reconhecer seus próprios defeitos e fraquezas.

MATURIDADE

Do latim "maturitas", de "maturus" (= maduro, propriedade do que é maduro, do que chegou a sua plena evolução). O termo significa um grau de desenvolvimento geral da personalidade, principalmente de um controle sobre as reações instintivas. O homem maduro reflete antes de agir, pondera as consequências de seus atos e assume a responsabilidade dos mesmos. A maturidade é a plenitude atingida pelo ser humano na realização de suas potencialidades. Veja mais ideias no livro Criança Feliz, adulto Feliz, de Antonio de Andrade, Editora Opção, livro encontrado pelo site www.editora-opcao.com.br

MESTRE/ PROFESSOR/A

É alguém com saber insigne que não só transmite conhecimentos, mas é um formador de caráter e personalidade dos educandos. O mestre comunica um poder criador. O mestre é sempre um educador, pois associa a formação intelectual com a formação moral de seus alunos pelas suas palavras e exemplo de vida.

MORAL

Da raiz latina "mores" (= costumes, conduta, modo de agir). É o conjunto das normas que orientam o homem para a realização de seu fim, sua razão de ser para o qual foi criado. Através de uma experiência milenar, a humanidade veio acumulando um conjunto de preceitos que se têm revelado como eficazes para a realização da pessoa humana. A formulação destes preceitos constitui o que se chama a Mora. Tudo o que promove a plenitude da natureza humana é moralmente bom.

MOTIVAÇÃO

A palavra vem do vocábulo "motivo", do latim "movere" (= mover, ser movido). Motivo é o impulso que estimula o indivíduo a uma atividade que vai além das forças orgânicas, com base em impulsos orgânicos ou interesses adquiridos afetando os pensamentos, emoções e comportamentos do indivíduo. Embora os seres humanos respondam, como os animais, aos impulsos orgânicos, o desejo de conformar-se às normas de comportamento socialmente aceitáveis constitui um dos mais fortes motivos humanos. Á medida que o indivíduo amadurece, os estímulos sociais modificam a maneira como são satisfeitos os impulsos orgânicos. Os motivos exercem três funções no comportamento humano: 1 - dão energia 2 - selecionam e 3 - dirigem as atividades do indivíduo. Há 4 tipos de motivos básicos que governam, isoladamente ou combinados, todas as atividades do indivíduo: sobrevivência, segurança, satisfação e estimulação. O ser humano procura continuar vivo, conservar-se intacto, sentir alegrias/satisfações e experimentar novos estímulos.

   N  

NATURALIDADE

Do latim "naturalitas" (= conforme a natureza). Em sentido geral, refere-se a tudo o que é natural, em oposição ao que é artificial. Refere-se a um modo de agir autêntico, simples, não sofisticado, sem afetação. Em sentido restrito, designa a pátria de nascimento.

NEGLIGÊNCIA

É a falta de cuidado ou omissão no cumprimento dos deveres ou obrigações. Resulta, quase sempre, de má orientação educativa, de preguiça ou de estados psíquicos anormais, por motivo de moléstia, choques emocionais, embriaguez, etc. Tem, muitas vezes, consequências graves, prejudicando a paz doméstica, a harmonia do convívio social, além de por em risco as situações individuais ou coletivas, pois a maior parte dos acidentes ocorre por negligência dos responsáveis. De alunos negligentes nos estudos, resultam profissionais inadequadamente preparados para enfrentar as responsabilidades de seus trabalhos e para vencer na luta pela vida.

NOIVADO

É o compromisso oficial e público de que duas pessoas pretendem contrair matrimônio. É a continuação e confirmação do namoro, iniciando-se uma fase de maior convivência destinado a por à prova a firmeza dos sentimentos afetivos do par, bem como a proporcionar oportunidade para mais amplo conhecimento mútuo e planejamento harmonioso da vida conjugal. Durante o noivado, a sinceridade deve ser mais que nunca, a base do entendimento, a fim de que no futuro não surja a frustração decorrente de imagens que não correspondem à realidade. Durante o noivado processa-se a primeira fase de ajustamento, na qual cada qual procura compreender e aceitar, por amor, as falhas e imperfeições do outro, esforçando-se por superar as próprias falhas e imperfeições, no sentido de alcançar as bases para uma união harmoniosa e estável. O noivado é a época das pequenas renúncias, dos pequenos sacrifícios, ao lado das grandes emoções e dos grandes sonhos. A juventude que se chama de "moderna" não tem dado o devido valor a este período, muitas vezes passando do namoro para um relacionamento mais íntimo que nas gerações passadas só ocorreriam após o casamento. E talvez ai esteja a causa de grande número de casais que se separam após curto tempo de casamento. Veja mais ideias na página Mensagens Educativas Positivas no site www.editora-opcao.com.br sob o título "Namoro moderno? Socorro! Quero um namoro à moda antiga!".

   O  

OBEDIÊNCIA

Atitude de acatamento de quem presta ouvidos. É a virtude moral pela qual acatamos e cumprimos as ordens de autoridade legítima. Obediência não se confunde com a atitude servil, nem se identifica com a atitude do "bom menino" que, como se fosse um pequeno fantoche sem iniciativa pessoal, reproduz maquinalmente os gestos que lhe são impostos. A obediência é uma atitude racional e forte porque se fundamenta: 1 - uma visão esclarecida do princípio de autoridade 2 - uma sensibilidade alerta para as exigências do bem comum. A forma mais perfeita da obediência é o da obediência filial que cumpre as ordens com amor, não por um apego sentimental aos pais, mas pelo reconhecimento cordial de sua autoridade.

OBRIGAÇÃO

É o vínculo que liga o ser livre e racional ao cumprimento do dever. O homem é um ser livre, porém social, isto é, vive e se realiza entre outros seres humanos, livres como ele. Para que a vida em sociedade seja possível, ele não pode fazer tudo o que lhe passa pela cabeça. Há coisas que ele deve fazer e outras que não deve fazer. Para tanto é preciso que haja vínculos que o mantenham no cumprimento de seus deveres. A obrigação é este vínculo, o único digno de um ser racional.

ÓDIO

Do latim "odium", com o mesmo sentido. É um violento sentimento de repulsa que leva a pessoa a desejar a destruição do objeto odiado. É o contrário de amor. É o mais pernicioso sentimento que pode dominar o ser humano gerando crimes, frustrações, rancores, etc. O ódio não constrói, só destrói. Engendra mais ódio, numa reação em cadeia que pode paralisar toda a vida de uma família ou grupo e compromete irremediavelmente a paz. A nobreza suprema do ser humano reside em não odiar até mesmo os seus inimigos.

OFENSA

É um termo usado para designar uma injúria feita à pessoa ou à honra de alguém, em geral por palavras, atos ou gestos ou atitudes, como por exemplo, negar-se acintosamente a saudar alguém numa recepção. No oriente uma das maiores ofensas é jogar um sapato na outra pessoa.

OPÇÃO

Do latim "optio", do verbo "opto" (= examinar com atenção, escolher). É um ato de vontade que escolhe uma dentre alternativas com exclusão das demais.

OPORTUNISMO

No bom sentido, é um senso de realismo que sabe aproveitar da melhor maneira possível as situações concretas. No mau sentido, que é o mais corrente e utilizado, denota uma habilidade especial em transformar todas as situações em oportunidades favoráveis aos próprios interesses, sem levar em conta as exigências da coerência consigo mesmo e com os próprios princípios morais. O oportunista, nesse sentido, muda ou parece mudar de convicções ao sabor dos acontecimentos, procurando sempre tirar vantagem pessoal por uma adesão imediata àqueles que estão na posição de comando ou no poder. É atitude condenável e revela caráter mal formado.

ORGULHO

Do italiano "orgoglio" com o mesmo sentido. O termo pode ter um sentido nobre quando denota uma consciência desapaixonada da própria dignidade ou da dignidade daqueles que nos são caros. Assim, diz-se "tenho orgulho de minha pátria, tenho orgulho de meus pais..." O mais das vezes, porém, o termo se associa à idéia de uma superestimação dos próprios méritos, com desprezo altaneiro dos demais. Neste sentido, o orgulho é a expressão máxima do amor próprio e da vaidade pessoal. Poucas coisas são tão detestáveis como o convívio com uma pessoa orgulhosa.  Orgulho é a hipertrofia do Eu, é um egoísmo exagerado. A pessoa com orgulho esquece-se que é igual a todos os outros seres humanos que constituem a humanidade neste planeta Terra.

OTIMISMO

É uma atitude que leva o indivíduo a visualizar sempre as pessoas, as coisas, as situações, sob seus aspectos bons, agradáveis, positivos. O otimismo não é necessariamente uma atitude ingênua. O otimista, muitas vezes, vê também os aspectos negativos, mas em vez de permitir que tomem relevo, ele os considera numa perspectiva mais ampla que lhe reduz as proporções. AS educação pode influir numa atitude de otimista. A educação deve ser realista e envolvida num clima de otimismo que permita um desenvolvimento que não atrofie a confiança e a alegria de viver.

   P  

PACIÊNCIA

Do latim "patientia" (= sofrer). É a virtude que permite ao indivíduo suportar, sem queixas, não apenas os grandes sofrimentos morais e físicos, como também os pequenos aborrecimentos de cada dia. É pela paciência que os sábios e pesquisadores abrem caminho para o progresso humano, que o homem fortifica a aprimora o seu caráter, que os pais educam os seus filhos. É a paciência que mantém os lares unidos e suaviza os atritos decorrentes da vida social.

PARCIMÔNIA

Do latim "parcimonia" indicando uma pessoa sóbria, econômica. É a virtude daqueles que se impõem hábitos de austeridade e sobriedade no consumo. A verdadeira parcimônia não se inspira nos motivos da avareza, mas sim num desejo de liberdade interior em relação aos bens materiais. É muito difícil para um país responder ao desafio do desenvolvimento, enquanto seu povo mantém uma alta propensão a consumir. Educar para a parcimônia tem, assim, além de um sentido moral, uma motivação cívica de colaborar no esforço coletivo de poupança indispensável para a acumulação de recursos para o desenvolvimento.

PAZ

Do latim "pax, pacis". Os antigos definiam a paz como a tranquilidade da ordem. A paz é a aspiração fundamental de cada ser humano e de toda a humanidade, a ponto de seu conceito quase se confundir com o de felicidade. A plenitude da paz individual, interna, o homem só atinge quando consegue a ordenação de suas potencialidades em torno de um ideal digno de ser vivido. Só esta paz é durável, não se altera com as lutas e tribulações da vida. Por outro lado, a paz social só pode resultar de um relacionamento entre as pessoas, grupos ou nações, fundamentado na justiça, na lealdade e no amor. Só este relacionamento constitui propriamente uma ordem, do qual a paz é a resultante mais autêntica. A evolução da humanidade chegou a um ponto no qual a paz social ou é universal ou é impossível. Não poderá haver paz enquanto não houver, para todos, condições concretas para atingir níveis de vida compatíveis com a dignidade humana. Cresce, na humanidade, a consciência desta verdade.

PEDANTISMO

Do italiano "pedante", com o mesmo sentido. É o culto sofisticado da inautenticidade. O pedante é o indivíduo medíocre, sem personalidade, que chama a atenção sobre si mesmo, simulando o que não é e o que não tem. É como afirma aquele ditado popular "é pessoa que come mortadela e arrota caviar".  Tem superficialidade em tudo.

PERMISSÃO

Do latim "permissio". É o consentimento para fazer alguma coisa. Exerce função importante na educação, é através da permissão justa e imediata daquilo que é conveniente e possível que os educadores conseguem fazer aceitar, parte dos educandos, as restrições oportunas e necessárias impostas aos seus desejos.  Negar para depois permitir é perder autoridade moral e direito ao acatamento, tanto como permitir para depois voltar atrás. A atitude esclarecida de fazer o educando participante na decisão contribui para o desenvolvimento do senso de responsabilidade e do autocontrole.

PERSEVERANÇA

É a firmeza ou constância num sentimento, numa resolução ou num trabalho. É a virtude de que contribui para o êxito na vida humana. A perseverança, como ta virtude, pode ser cultivada através da prática seguida e gradativa que leve a enfrentar dificuldades crescentes através da vida, aplicando-se progressivamente a ideais cada vez mais altos.

PESSOA HUMANA

É o habitante, homem ou mulher, do planeta Terra. É o  indivíduo de natureza racional, portador de potencialidades que se desenvolvem através da vida, no seio da família e da comunidade. Compõe-se de alma e corpo, espírito e matéria, que nela formam uma unidade substancial, cuja ruptura é a morte, deixando assim, a pessoa de existir. Possui qualidades e defeitos, forças e fraquezas. Entre todos os seres do Universo, o ser humano, comumente chamado de homem, é o único que pode representar interiormente, não só os objetos exteriores, como a si mesmo podendo realizar uma auto-observação das próprias ações. O homem é um ser consciente, racional e livre, e por isso mesmo, é também um ser social que só na companhia de seus semelhantes encontra as condições necessárias para desenvolvimento de sua consciência, racionalidade e liberdade,  que o distinguem dos outros animais, os quais, quando se agrupam, são impelidos por um mero instinto de gregarismo em busca de garantias para a própria sobrevivência. No fenômeno gregário o grupo prevalece sobre o indivíduo, enquanto que no fenômeno social a pessoa busca livremente as condições de sua própria realização, prevalecendo sobre o grupo. Do conjunto de condições que caracterizam a pessoa humana (ser consciente, racional e livre, social, sujeito a direitos e deveres) resulta a mesma dignidade absoluta e a mesma igualdade essencial para todos os homens, independentemente de sua cor, situação socioeconômica, religião ou cultura. É uma dignidade absoluta porque não depende de nenhuma qualificação, apenas no fato de ser uma pessoa humana, dignidade que lhe confere um valor inestimável e a coloca como razão de ser de todas as instituições sociais, políticas e econômicas. E essa dignidade deve ser respeitada, quer a pessoa seja pobre ou rica, inculta ou culta, desta ou daquela raça, povo ou credo religioso, ou mesmo se está em situação de vício, não perde a sua dignidade essencial.

PRECONCEITO

Do latim "prae" + "conceptum" (= concebido antes). É a fixação de um juízo anterior à análise objetiva da realidade, atingindo desfavoravelmente, pessoas, ideias, instituições ou objetos. Os mais comuns são os referentes à raça (racismo), e à religião. O preconceito gera, em determinados ambientes socioculturais, estereótipos conducentes a um sentimento de aversão a certos grupos. Quando o preconceito é coletivo e se generaliza na consciência dos grupos e em função dos quais os membros do grupo julgam pessoas, coisas, situações, é chamada de estereótipo. Ele se difunde rapidamente e são transmitidos de uma geração à outra, funcionando como fator de defesa de certos "status" de classes ou castas. É o que acontece, por exemplo, numa sociedade etnicamente heterogênea na qual o grupo branco homogêneo, forma a ideia de que outras raças são indolentes. Tal ideia toma aos poucos a consistência de um preconceito coletivo, em função do qual os brancos julgam todo homem de cor, salvo prova em contrário.

PREGUIÇA

Do latim "pigritia", falta de disposição para o trabalho, decorrente de uma falta de vontade. O preguiçoso é um peso morto para a sociedade porque atua como roda imóvel ao mecanismo da vida social, obrigando os indivíduos a ele relacionados, a um esforço maior para compensação do trabalho não realizado ou mal realizado.

PRESUNÇÃO

No sentido moral denota uma superestimação exibicionista das próprias qualidades. O presunçoso se supõe mais do que é e se vangloria de suas realizações. Quando não cai no ridículo, torna-se penoso ao público em geral pouco indulgente para ouvir autopanegíricos.

PROBIDADE

No sentido moral é a atitude de respeito total aos bens e direitos alheios e constitui ponto essencial para a integridade do caráter. O homem probo é firme nas promessas que faz, sincero com os outros, incapaz de se aproveitar da ignorância ou da fraqueza alheia. No sentido profissional, conota a ideia de honestidade e competência no exercício de uma função social.

PROGRESSO

Do latim "pro" (= pra frente) + "gressus" (= passo). O termo se aplica, em seu sentido mais amplo, a todo processo que resulta na passagem de estado menos perfeito a um estado mais perfeito. O ser humano progride biológica e psicologicamente, enquanto se aproxima do mais pleno desdobramento de suas potencialidades. O mesmo se diga da humanidade. Progredir significa avançar e todo avanço é uma síntese entre elementos já adquiridos e elementos novos. A humanidade progride na medida em que tem capacidade de acumular cultura; não sendo assim, cada geração seria obrigada a recomeçar da estaca zero. Mas a humanidade terá realmente progredido? Não faltam os que, diante das tremendas guerras internas e da crise moral contemporânea, olham com pessimismo a evolução humana e temem ou profetizam um regresso à barbárie. O progresso da humanidade não se faz idêntico em todas as áreas, destacando-se um grande progresso na área técnico-científica. O grande avança do progresso técnico sobre os demais setores das atividades humanas, constitui o grande desafio à geração presente e às vindouras: o homem não parece revelar suficiente maturidade para manipular o imenso potencial que a técnica pôs em suas mãos.

   R  

RAIVA

É um acesso de cólera que leva o homem a imitar o comportamento do anima que tem hidrofobia, horror à água. Pela raiva, o homem perde o controle de suas ações e é capaz de perpetrar as maiores monstruosidades. Se a cólera e a ira são, por sua vez, justificáveis como reação contra a iniquidade, a raiva é sempre um comportamento irracional que coloca o homem ao nível dos animais. A raiva tem geralmente, sua origem numa educação mal orientada que se empenha em satisfazer todos os caprichos da criança. Uma vez chegada à idade adulta, encontram obstáculos inevitáveis, e aí sua frustração se traduz em ímpetos de raiva. 

RAZÃOTem vários significados. No sentido fundamental, a razão é o que especifica o homem como animal racional e compreende a consciência, a inteligência, a capacidade de reflexão e o poder de autodeterminação chamada liberdade. Tanto que, por um lado, quando o ser humano emerge da infância, costuma-se dizer que chegou à idade do uso da razão e, por outro, quando dominado pela loucura ou por um ímpeto passional, é dito que a pessoa perdeu a razão. A mais básica lei do comportamento humano é precisamente viver segundo a razão expressa pela consciência. A razão significa ainda os argumentos ou motivos em que nos baseamos para determinado ato ou afirmação. É o sentido que aparece no ditado: O coração tem razões que a própria razão desconhece.

RECIPROCIDADE

Do latim "reciprocus" (= recíproco). É a correspondência mútua entre pessoas, grupos humanos ou objetos. A reciprocidade pode ser de interesse de sentimentos bons ou maus: admiração, amor, ódio. Ela é a garantia de um lar feliz, quando se refere ao amor que liga os membros da família entre si. É o cimento que une a sociedade, quando se refere à consideração mútua dos membros que a compõem.

RECONCILIAÇÃO

Do latim "reconciliatio" (= conciliar, trazer a um acordo). É o restabelecimento de relações ou de acordo entre duas pessoas que se haviam desentendido. Tem grande importância social porque o esquecimento das injúrias, o perdão das ofensas e a reconciliação são fatores eficazes de paz entre os seres humanos.

RELACIONAMENTO

É a rede mais ou menos estável de relações que mantemos e o modo próprio pelo qual nos desempenhamos nas diversas relaç~~oes. Assim, falamos numa pessoa que tem grande relacionamento, para significar uma extensa rede de relações; mas também falamos de alguém que possui um relacionamento fácil e agradável. O ser humano é um ser social e necessita de ter relacionamento com outros seres humanos. Diz-se também que o ser humano é gregário, isto é, gosta de viver e conviver com outros seres humanos.

RENOVAÇÃO

Do latim "renovatio" (= ação de tornar novo). Etimologicamente seria tornar novo ou restaurar algo velho ou gasto pelo uso. No entanto pode significar aquisição de atitudes novas. Nesse contexto avulta a ideia de renovação de costumes, tomada em dois sentidos opostos: pela velha geração, querendo á volta à estrutura social do passado; pela nova geração, batendo-se por uma nova adoção de estruturas novas. Esse antagonismo é, porém, aparente, pois há valores perenes que não podem, ser postos de lado e que acompanharão sempre a humanidade através dos tempos; mudam as modas e os modos; permanece a essência do que é bom, belo e verdadeiro.

REPREENSÃO

Do latim "reprehensio" (= tomar de novo na mão aquilo que tinha escapado) É uma censura verbal por uma falta cometida. É um dever e uma responsabilidade dos pais e educadores. Por preguiça ou covardia, muitos simulam não ver as faltas de seus filhos, que assim, protegidos pela certeza de impunidade, vão se tornando mais arrogantes e permitindo-se faltas cada vez mais graves. Uma repreensão oportuna, feita com firmeza e serenidade, corrigiria uma distorção que em poucos anos pode vir a ser irreparável.

REPRESSÃO

Do latim "reprimere" (= pressão). É o ato de impedir alguma coisa. Compete às autoridades a repressão do crime, sendo entretanto, mais eficaz o combate às condições sociais que o proporcionam. Cabe a cada pessoa a repressão dos seus maus instintos, como a agressividade, através do autodomínio. Para esse objetivo contribuem pais e educadores, esclarecendo, aconselhando e advertindo ou até punindo.

RESPEITO

Respeito vem de "re + spicere" que significa "olhar para trás", guardando a devida distância. Em um sentido, respeito é o sentimento de consideração àquelas pessoas ou coisas dignas de nossa veneração e gratidão, como os pais, os mais velhos, às coisas sagradas, aos sentimentos alheios. Neste sentido implica a ideia de merecimento ou de direito por parte de quem é respeitado, e de cortesia e acatamento por parte de quem respeita. Tratar com cordialidade não significa esquecer o respeito, que é condição inseparável da dignidade humana. Quem não respeita os outros não merece ser respeitado.

RIGOR

É uma atitude de exigência minuciosa no cumprimento dos deveres, leis ou regulamentos. Educadores e chefes devem ser rigorosos, sob pena de deteriorização progressiva daqueles ou daquilo que está sob suas responsabilidades. Mas para que o rigor seja eficaz como norma de educação e de administração, deve ser 1 - Coerente: quem o aplica deve impor-se o mesmo rigor que exige dos outros. Um chefe, por exemplo, que se permite todos os privilégios não tem moral para ser rigoroso com os outros. 2 - Justo: deve ser aplicado na mesma medida a todos, salvo as exigências da equidade.  3 - Humano: o rigor visa à promoção daquele do qual é exigido e não a satisfação do próprio instinto de mando.

   S  

SABEDORIA

Do latim "sapiens (= sábio, sensato). É uma compreensão superior do mundo e da vida, acumulada através da experiência. É mais que a instrução, a qual fornece conhecimentos, técnicas e habilidades; é mais também que a educação, que forma a personalidade. A sabedoria resulta do amadurecimento do homem, tornando-o capaz de extrair da própria vida os elementos que lhe permitem compreendê-la.

SENSIBILIDADE

Do latim "sensibilitas" com o mesmo sentido. Em sentido geral é a capacidade de sentir, a capacidade de experimentar sensações. A sensibilidade normal permite ao indivíduo sentir o mundo ao redor de si e participar do modo real e efetivo nos problemas da humanidade e nas angústias e afeições daqueles que o cercam.

SENTIMENTO

De sentir, do latim "sentire". Ato ou efeito de sentir. Em Psicologia refere-se a um fenômeno afetivo, de caráter consciente, com certa intensidade e duração. Tradicionalmente, os sentimentos eram classificados em 1 - Egoístas, como a ambição e o ciúme; 2 - Altruístas, como o amor e a solidariedade; 3 - Impessoais, como o amor à verdade e à justiça. O psicólogo americano E. B. Titchener agrupa os sentimentos em 1 - religiosos, como por exemplo a fé e o remorso; 2 - Éticos ou sociais como, por exemplo, a confiança e a compaixão; 3 - Estéticos, como por exemplo,  o amor ao belo e a repugnância pelo grotesco; 4- Intelectuais ou lógicos, como por exemplo, o amor à justiça e à verdade. Acham-se os sentimentos na dependência de dois polos da vida afetiva: o prazer  e a dor  e constituem a estrutura básica dos hábitos e atitudes. Por isso, apresentam importância capital para a formação da personalidade. Cultivar  os bons sentimentos e procurar vencer os maus é tarefa que só pode ser realizada no recesso de cada coração e único caminho para alcançar a verdadeira felicidade.

SINCERIDADE

Do latim "sinceritas", com o mesmo sentido; de "sincerus" (= puro, intato). A etimologia popular latina o fazia derivar de mel "sine cera" (= mel fino, sem detritos de cera). Sinceridade  é a qualidade de quem é sincero, do que não falseia as coisas, mas as transmite na sua pureza intata. A sinceridade é um dos valores fundamentais sobre as quais se deve basear o relacionamento humano. Sem ela, a vida em sociedade se tornaria impossível porque cada um viveria espreitando o outro para surpreender suas armadilhas e mentiras. É uma virtude que se adquire através de uma educação baseada na total lealdade.

SINECURA

Do latim "sine + cura" (= cuidado, preocupação). É um emprego bem remunerado e que não exige grande esforço para o trabalho. Evidentemente, a pessoa que se acha nessa situação só tem a perder do ponto de vista moral, porque, conscientemente, estará sendo um parasito social. Também a comunidade se ressente desse privilégio pouco digno porque não é justo que muitos contribuam para manter pessoas desse tipo, num bem estar e numa abastância imerecida. A multiplicação das sinecuras é um dos sintomas mais evidentes da corrupção política e administrativa. 

SOCIALIZAÇÃO

Neologismo formado do verbo socializar para indicar um processo sociológico de integração crescente dos indivíduos e dos grupos, e de uma participação crescente dos mesmos em atividades comuns. É um processo pelo qual indivíduos e grupos conseguem juntos objetivos que não poderiam realizar isolados. A socialização presidiu a evolução da humanidade, desde o tempo dos trogloditas (homens das cavernas), até às grandes sociedades de hoje, que prenunciam a comunidade humana universal de amanhã. Em Sociologia, socialização significa o processo pelo qual o indivíduo e equipa dos meios indispensáveis para viver em sociedade: aprendizagem da língua, aquisição de hábitos de sociabilidade, aceitação de um código de conduta grupal. Neste sentido se diz que a educação é um processo de socialização.

SOCIABILIDADE

Do latim "sociabilis" (= que pode ser unido, associado a). Em sentido corrente, é a qualidade de quem é sociável, de quem tem o dom do relacionamento fácil e cordial com todos. É uma qualidade que pode e deve ser adquirida pelo controle permanente de do egoísmo e pelo exercício daquelas virtudes que se espera encontrar nos outros, especialmente a discrição, a lealdade e a dedicação.

SUCESSO

Do latim "successus". É o resultado de qualquer atividade ou negócio. Pode ser bom ou feliz, e então se denomina êxito, ou pode ser mau  ou desastroso, um fracasso. Na linguagem vulgar é muitas vezes empregado como sinônimo de êxito. Ser bem sucedido na vida é aspiração de todos os seres humanos. Entretanto o que se entende por sucesso ou êxito varia de indivíduo  a indivíduo: riquezas, glória, fama, tranquilidade, paz, beleza - eis algumas das metas visadas. Ao alcança-las, porém, o homem descobre que só os valores perenes tornam uma vida digna de ser vivida. Um dos mais graves defeitos de formação é a busca do sucesso fácil como ideal de vida.