PESQUISA: CONHECIMENTOS BÁSICOS SOBRE FISIOLOGIA SEXUAL E REPRODUÇÃO HUMANA

O texto desta pesquisa objetiva apenas levar aos casais conhecimentos básicos sobre o corpo do homem e da mulher e a fisiologia sobre a reprodução humana para que possam ter um melhor relacionamento íntimo. Faço votos que o texto ajude você a tirar suas dúvidas sobre a fisiologia do corpo da mulher e do homem e da reprodução humana. Utilizamos os nomes "antigos" das partes do corpo humano para facilitar a compreensão em vez de utilizar os nomes considerados mais científicos da atualidade.

 

Questão considerada na pesquisa: Em Terapia de Casal em Clínica Psicológica e em palestras sobre Sexualidade Humana em Cursos para noivos, apesar de haver nos tempos atuais modernos muita informação na internet, ainda há a situação de muitos casais chegarem ao casamento  com poucos conhecimentos básicos do próprio corpo e do cônjuge e conhecimentos básicos sobre a reprodução humana. Conhecer a fisiologia humana pode levar a uma maior compreensão do funcionamento do corpo do homem e da mulher e melhorar o relacionamento íntimo do casal.

 

 

Nos animais não humanos a união sexual é em grande parte um ato instintivo. Chegando à maturidade estímulos específicos à espécie ativam o comportamento que inicia o acasalamento. São padrões de comportamento que não precisam ser aprendidos, repetindo-se na mesma maneira em todos os membros da espécie. Não há necessidade de nenhum curso de instrução nos fatos da vida. Entretanto, se o homem e a mulher algum dia possuíram essas respostas inatas há muito foram enterradas em seus passados evolutivos. Em consultas em Clínica Psicológica e em palestras em Cursos para noivos, muitos casais apresentam dúvidas sobre o próprio corpo e demonstram desconhecimento do próprio corpo e do outro. Por isso a importância de apresentar esta pesquisa com os fatos básicos.

 

Os papéis humanos têm de ser aprendidos. O estado físico de excitação sexual ocorre em todos os seres humanos normais mas o funcionamento adequado em todas as faculdades sexuais não é uma coisa imediatamente visível. Para uma sociedade tão freqüentemente acusada de ser obcecada  pelo sexo, a ignorância dos fatos essenciais da sexualidade humana devia ser considerada coisa do passado. Infelizmente, porém, há ainda muitos casais que chegam ao casamento com pouco ou nenhum conhecimento das funções reprodutoras do homem e da mulher. Muitas vezes essa falta de informação alia-se a atitudes doentias, fato constatado em atendimento em clínica psicológica, em terapia de casal.

 

Somente nos seres humanos pode o ato sexual tornar-se um ato de amor e não somente um ato instintivo, como nos animais. As relações sexuais no casamento podem desenvolver-se em variedade e significado, exprimindo as mais profundas emoções humanas. A fim de que esse amor possa amadurecer, entretanto, é preciso que exista o desejo de amar sexualmente - de entregar-se para corresponder às necessidades emocionais do cônjuge - e é preciso que haja o conhecimento do seu cônjuge e conhecimento da constituição física básica do homem e da mulher.

 

Para ser analisado os diversos tipos de comportamento sexual é necessário examinar antes os fatores que interferem nesse comportamento. Primeiramente será examinado o sistema endócrino.

 

O Sistema Endócrino das Glândulas do corpo:

 

As secreções das várias glândulas produtoras de hormônios são de importância primordial no funcionamento sexual bem como no desenvolvimento das características físicas e emocionais que compreendem o chamado "natureza do homem e da mulher humanas". Essas glândulas endócrinas (sem conduto) agem em combinação para determinar o crescimento e desenvolvimento do corpo. A distribuição do tecido adiposo, características sexuais secundárias, distribuição capilar e pele, tom de voz e energia são influenciados pelas glândulas do corpo. Elas influenciam também, direta ou indiretamente, o desenvolvimento da personalidade.

 

O sistema endócrino compreende as glândulas pituitárias (hipófise), tireóide, para-tireóide, supra-renal, timo, pâncreas e pineal, além das gônadas ou glândulas sexuais (testículos no homem e ovários na mulher).

1. Hipófise ou pituitária: Situada na base do cérebro, faz a integração de todas as funções do corpo. Os hormônios que produz:

. Somatotropina: regula o crescimento

. Tireotropina: atua sobre a tireóide

. Gonadotropina: atua sobre os testículos e ovários

. Atua sobre a secreção do leite materno.

2. O chapéu amarelo que cobre os rins é uma glândula chamada adrenal. São duas glândulas, uma para cada rim. Além da adrenalina, essas glândulas produzem hormônios feminilizantes (estradiol) e masculinizantes (testosterona).

 

Estimuladas pelo sistema nervoso autônomo e por um complicado mecanismo regenerativo envolvendo a bioquímica de todo o corpo, essas glândulas produtoras de hormônios são vitais para o bem estar e o comportamento do indivíduo. Todos os hormônios contribuem para o desenvolvimento do corpo de um menino para o de um homem e o da menina para o de uma mulher adulta.

 

A secreção hormonal pode afetar o desempenho sexual de várias maneiras. Os hormônios secretados na corrente sanguínea podem estimular outros centros, em especial o sistema nervoso central que conduzem à excitação sexual. E afetam o crescimento e desenvolvimento dos órgãos reprodutores e o desenvolvimento das características sexuais secundárias. E finalmente, afetam profundamente toda a saúde geral e o nível de energia, o que por sua vez afeta a atividade sexual. Além do funcionamento adequado desses sistemas "essenciais!", a função sexual depende ainda do bom funcionamento de todo o corpo.O funcionamento adequado dos sistemas alimentar, respiratório e circulatório, bem como dos sistema nervoso e muscular, são essenciais ao bom desempenho sexual.

 

Os órgãos sexuais foram estruturados para a reprodução da espécie, isto é, destinam-se à reprodução. Diferentes são as tarefas que cabem aos dois sexos e notáveis são, portanto, as diferenças anátomo fisiológicas dos órgãos sexuais - genitais masculino e feminino. Os órgãos genitais masculinos tem a tarefa de produzir a célula germinal masculina (o  espermatozóide), os outros componentes do líquido seminal, armazená-lo e conduzí-lo ao interior do aparelho genital feminino, no curso do ato sexual, onde encontrando e fecundando o óvulo, dará origem a um novo ser humano.

 

Os órgãos genitais femininos têm a responsabilidade de produzir o óvulo e guardá-lo uma vez fecundado, a fim de que possa desenvolver-se até se tornar um novo ser humano e seja dado à luz com o parto, o nascimento desse ser.

 

Anatomia sexual do macho humano, o homem:

 

Os órgãos reprodutores masculinos externos constituem no pênis e nos testículos. O Pênis é um órgão altamente complexo que exerce a dupla função de transportar a urina para fora do organismo e conduzir o sêmem durante a união sexual até a passagem vaginal da fêmea. O pênis consiste de uma capa protetora para o conduto urogenital através do qual a urina e o sêmem são descarregados por uma abertura em fenda (o meato) na extremidade do órgão. Pelo corte transversal do pênis, são observadas três divisões. O maior volume do pênis é ocupado pelos dois corpos cavernosos Essas longas colunas musculares são únicas, tanto em estrutura como em função. Essencialmente agem sexualmente como um sistema hidráulico. São atravessadas por inúmeros vasos sanguíneos. Na maior parte do tempo, essas cavidades mantêm-se vazias, mas com a excitação sexual elas enchem-se rapidamente de sangue, criando uma pressão que faz aumentar o tamanho do pênis, tornando-o ereto e firme, duro. A condição rígida e ereta do pênis permite o relacionamento sexual e garante a ejeção do esperma masculino dentro do receptáculo vaginal da mulher.

 

Com a ereção o pênis pode crescer até o dobro de seu tamanho usual (quando está flácido).Válvulas como comportas, que podem ser fechadas, impedem o escapamento do fluido sanguíneo e mantêm a ereção. Uma terceira e menor coluna muscular, o corpo esponjoso, estende-se ao longo da parte posterior do pênis, cercando e protegendo a uretra, o canal que existe dentro do pênis. A estrutura maciça do pênis compreende ainda a cabeça do órgão, chamada de Glande. Uma orla na base da glande, a Coroa (altamente sensível aos estímulos); o corpo principal, ou Lança, que forma a maior parte de sua extensão; e a base do pênis, que está ligada ao corpo. A Glande é abundantemente provida de extremidades nervosas, razão por que constitui geralmente a parte mais sensível do pênis ao estímulo erótico. Uma dobra de pele, o Prepúcio, cobre parcialmente a glande. O prepúcio freqüentemente é removido cirurgicamente, que pode ser muito apertado ou muito longo, quer como medida higiênica, porque existem na orla interna da glande, glândulas que secretam uma substância, chamada de Esmegma, que tende a acumular-se causando irritação. Ou o prepúcio pode ser removido cirurgicamente no início da vida, como ocorre na cultura do povo judeu.

 

Os Testículos são dois corpos ovais medindo cerca de 4 centímetros de comprimento. No homem adulto normal ficam situados na Bolsa Escrotal, um saco de paredes delgadas com dois compartimentos, que pende sob o pênis. Durante o período embrionário, os testículos se desenvolvem dentro da cavidade abdominal. As células sexuais masculinas, entretanto, não podem crescer dentro do calor do abdômen. Pouco antes do nascimento, ou ocasionalmente depois dele, os testículos descem para o ambiente mais frio da bolsa escrotal. Se isso não acontecer, o homem será estéril. Os testículos exercem dupla função: 1 - constituem o ponto único do desenvolvimento dos espermatozóides, a célula sexual masculina que fertiliza a mulher. 2 - E secretam o hormônio sexual masculino, a testosterona. A produção desse hormônio constitui a função das células especiais chamadas Células de Leydig. Os testículos, entretanto, não são os únicos produtores do hormônio sexual masculino. As glândulas suprarenais secretam também, em quantidade menor, hormônios associados às características masculinas.

 

Os hormônios masculinos desenvolvem as características sexuais secundárias, como pelos, voz, musculatura, etc. Entre os caracteres sexuais próprios do macho humano está um que é psicológico, mas também influenciado pelos hormônios que circulam no sangue do macho humano. É uma atitude mental de conquista, de atração pela fêmea. É uma tendência natural e normal a atração que um macho sente pela fêmea humana e vice-versa. 

 

Os espermatozóides desenvolvem-se em longos e finos tubos emaranhados. Quando maduros, movem-se para os pequenos tubos coletores e daí para o Epidídimo, um grupo de condutos ao longo de um lado de cada testículo, e que agem como depósito dos espermatozóides. O espermatozóide adulto que emerge dos testículos é de tamanho microscópico, menor do que a maioria das células do corpo. Possui uma cabeça ovóide, sólida, contendo os cromossomas - o legado genético do pai e uma longa cauda para a propulsão, a locomoção do espermatozóide. Nos testículos, entretanto, o espermatozóide não pode mover-se por si mesmo. A capacidade de "nadar" é adquirida no Epidídimo. Essa capacidade é muito importante, pois permite ao espermatozóide penetrar no útero e nas trompas uterinas da mulher para procurar e fertilizar o óvulo. O Epidídimo se continua pelo Canal Deferente (vas deferens). Através dele o sêmem é conduzido pelo canal inguinal até a uretra.

 

Duas das glândulas que proporcionam uma contribuição importante para a composição final do fluido seminal são as Vesículas Seminais e a Próstata. As duas vesículas seminais segregam um fluido viscoso que forma a maior parte do sêmem. Esse fluido é alcalino e serve para proteger o espermatozóide, que é incapaz de sobreviver num ambiente ácido. A Próstata é um órgão em forma de coração que envolve a uretra logo abaixo da bexiga. Acredita-se que ajuda a mobilidade do espermatozóide neutralizando sua suspensão ácida (da uretra), aumentando por isso a probabilidade de fertilização.

 

Duas pequenas glândulas, as Glândulas de Cowper, não maiores do que duas lentilhas, situadas abaixo da Próstata, secretam um líquido lubrificante ao início da excitação sexual. A Ejaculação, e emissão do sêmem pelo pênis, constitui uma ação essencialmente reflexa. Impulsos nascidos nos órgãos genitais, principalmente na Glande, são transmitidos à medula espinhal e ao cérebro, chegam ao clímax e retornam sob a forma de impulsos nervosos que estimulam a emissão do sêmem. O clímax é a sensação chamada de Orgasmo. Os centros nervosos da ejaculação e do orgasmo estão situados na secção lombar e sacra da medula espinhal.

 

A culminação do ato sexual masculino resulta de uma série de acontecimentos, atos e reações psicológicas e fisiológicas. Sinais nascidos no cérebro são transmitidos aos órgãos genitais. Sensações experimentadas nos órgãos são, por sua vez, transmitidas à medula espinhal e ao cérebro. Glândulas lubrificantes (Glândulas de Cowper) descarregam na uretra. Secreções da próstata entram na uretra e alcalinizam o sêmem. As Vesículas Seminais segregam sua substância. Para aumentar a ejeção total do Canal Deferente, os espermatozóides entram na uretra. Finalmente, por uma contração convulsiva dos músculos do pênis, esse fluido seminal composto é descarregado energicamente. Esse fluido, a ejaculação, tem geralmente uma quantidade total de três ou quatro mililitros, ou cerca de uma colher de chá. Contém um número espantoso de espermatozóides, normalmente 120 a 150 milhões por mililitro, ou seja, um total de 500 milhões de espermatozóides. Já que basta um espermatozóide para fecundar um óvulo feminino para que 500 milhões? A ciência até hoje não sabe. É um grande mistério. Porém, se houver menos de 60 milhões de espermatozóides o homem pode ser estéril. Se houver relações sexuais muito freqüentes o número de espermatozóides pode diminuir um pouco.

 

Anatomia sexual da fêmea humana, a mulher:

 

Para a continuação da espécie, o macho humano tem as funções: ele produz a semente masculina, o espermatozóide e implanta-o no corpo da fêmea. O corpo da mulher, por seu lado, está preparado para várias funções: 1 - Produzir o óvulo 2- Fornecer o meio ambiente no qual o óvulo fecundado pode se desenvolver. 3 - Nutrir com o alimento produzido pelo seu corpo, o leite materno, a criança recém nascida.

 

A sexualidade da mulher afeta todas as partes do seu ser. Seu desenvolvimento afeta profundamente sua personalidade. Suas variações cíclicas influenciam seu estado de espírito. Aceitando sua sexualidade física, vivendo em harmonia com ela, a mulher amadurece até a feminilidade. Foram vistos anteriormente os papéis dos sistemas nervoso e endócrino no desenvolvimento e funcionamento dos órgãos reprodutores masculinos. Sob alguns aspectos, a interação desses sistemas é mais complexa no corpo da fêmea humana, a mulher.

 

Em primeiro lugar, o macho adulto normal, no que diz a reprodução, funciona de maneira mais ou menos constante. Os testículos estão produzindo esperma continuamente e este é expelido ou absorvido. A mulher, no entanto, está sujeita a um dramático ciclo fisiológico, aproximadamente, a cada mês lunar. Desde o início da puberdade até a meia idade, quando não leva um filho no seu ventre, o corpo da fêmea humana prepara-se mensalmente para a concepção. O funcionamento desse ciclo se tornará mais fácil de compreender se for feito uma breve descrição da anatomia sexual da mulher.

 

O aparelho reprodutor feminino pode ser dividido de um modo geral em órgãos internos e externos.Os órgãos internos são os ovários, as trompas uterinas, o útero e a vagina. Os órgãos externos são chamados coletivamente de vulva e compreendem toda a parte externamente visível da região reprodutora. Os ovários são um par de estruturas localizadas de cada lado do útero. São órgãos de formato de amêndoas, medindo de 2,5 a 4 centímetros de comprimento, 2,5 de largura e 6 cm de espessura. Uma passagem sai de cada ovário até o útero: são as Trompas Uterinas ou Trompas de Fallopius. A outra extremidade de cada trompa, abre-se para o útero. O Útero é um órgão muscular, oco, de paredes espessas, suspenso na cavidade pélvica. Tem o formato de uma pêra. Fica situado entre a bexiga, na frente, e o reto, atrás. Quando a mulher não está grávida, o útero normal mede de 7 a 8 cm da largura e 2 cm e meio de espessura. Durante a gravidez, quando a criança se desenvolve dentro de suas paredes, o útero aumenta rapidamente de tamanho e peso, chegando a atingir 20 cm de comprimento e a pesar até um quilo. Depois do parto, o útero retorna gradualmente a seu tamanho e formato originais. São as poderosas contrações das paredes do útero que constituem as chamadas "dores do parto". E são essas contrações musculares que expelem a criança na hora do parto.

 

A Vagina é uma túnica ou bainha. Efetivamente, a palavra vagina significa bainha. Constitui uma passagem que leva da vulva até o colo do útero (Cervix). Normalmente mede cerca de 9 cm de comprimento. Entretanto as paredes da vagina são elásticas tanto no sentido longitudinal como transversal, de forma que mesmo um pênis muito grande pode penetrar toda sua extensão durante o ato sexual. A vagina exerce três funções principais: 1 - Recebe o pênis durante as relações sexuais. 2 - Serve de saída para o fluxo menstrual.  3- É o canal através do qual a criança é expelida durante o parto.

 

As paredes da vagina são formadas por um tecido macio, semelhante a uma membrana mucosa. Difere das membranas mucosas porque não contêm glândulas secretoras. Perto da abertura da vagina estão as Glândulas de Bartholin, que juntamente com as Glândulas do colo uterino (Cervix) fornecem um fluido que lubrifica a vagina durante a excitação sexual. Nas extremidades inferiores, a vagina está cercada por músculos que podem mostrar-se ativos durante a relação sexual, porque são músculos voluntários (esfincter da vagina).

 

A abertura exterior da vagina é relativamente mais contraída. Na virgem, a abertura vaginal pode estar parcialmente fechada por uma membrana, o Hímen. Como o hímen é  geralmente rompido ou distendido na primeira relação sexual, sua presença foi por muito tempo considerada como uma prova de virgindade. Admite-se, agora, entretanto, que a presença ou ausência dessa membrana, não constitui evidência definitiva de virgindade. Muitas vezes o hímen é distendido ou rompido na infância, por acidente. Pode igualmente ser rompido durante um exame médico ou mesmo removido cirurgicamente, quando em casos raros fecha completamente a passagem, impedindo a saída do fluxo menstrual. Por outro lado, o hímen pode ser distendido e não rompido durante a primeira relação sexual e em tais casos conserva a aparência de virgindade.

 

Os órgãos genitais externos da mulher são: 1 - a Vulva, que se estende desde a parte adiposa acima do osso púbico, chamada "Monte de Vênus", até a região entre o reto e a vagina. 2 - Cercando a vulva existem duas dobras longitudinais de pele, chamadas Grandes lábios (Labia Majora). São de cor da pele e cobertas de pêlos em sua parte exterior. Formam uma proteção para os tecidos e os órgãos mais sensíveis. Entre os grandes lábios existe em segundo par de Lábios Menores, chamados Pequenos Lábios (Labia Minora). Estes são mais finos do que os Grandes Lábios. Quando a mulher é sexualmente excitada, os Lábios Menores costumam distender-se e aumentar de sensibilidade. Durante o ato sexual, a cópula, eles agem como guias levando o pênis para a vagina. Em direção à parte anterior da vulva, os Lábios Menores juntam-se formando uma pequena elevação logo abaixo de uma pequena, porém sexualmente importante estrutura, o Clitóris, que é um órgão semelhante ao pênis, só que muito menor. Varia de comprimento, medindo geralmente de 2 a 4 centímetros. A maior parte desse órgão está oculta abaixo da superfície, estando visível apenas a extremidade superior, a Glande. O Clitóris assemelha-se ainda ao pênis em sensibilidade sexual. A glande do clitóris, como a glande do pênis, possui uma grande concentração de extremidades nervosas, em grau muito maior do que a vagina. O clitóris também se assemelha ao pênis em outro ponto: é constituído do quase que inteiramente em tecido erétil, capaz de ingurgitar e distender-se pelo influxo do sangue e, assim, como o pênis, alcançar estado de ereção durante a excitação sexual. Mas, pelo menos num aspecto principal, diferem esses dois órgãos ao contrário do pênis, o clitóris não encerra a uretra para a passagem da urina. A uretra feminina está abaixo do clitóris e é uma passagem muito mais curta desde a bexiga.

 

Os Ovários não são na verdade, glândulas, mas devem antes ser considerados como um armazém de depósito de óvulos primitivos que aí já se encontram no momento do nascimento da mulher e que se transformam em óvulos maduros durante a evolução sexual da mulher. Os óvulos estão contidos dentro das vesículas cheias de um líquido claro, chamadas de Folículos de Graaf. Na mulher jovem, o ovário contêm um grande número de Folículos de Graaf e de óvulos em diversos graus de maturidade, cerca de 36 mil. Só uma pequena parte torna-se óvulo maduro durante a vida da mulher. A cada ciclo menstrual, um folículo se rompe e o óvulo maduro sai do ovário. O óvulo não é mais substituído. Por este motivo a produção de óvulos cessa por volta de 50 anos dando-se o fenômeno da Menopausa. Além de produzir óvulos, o ovário produz a Progesterona, o hormônio que regula a produção dos óvulos. Por este motivo, as Pílulas Anticoncepcionais contém progesterona. Este hormônio funciona como um freio, pois faz a mulher apresentar um óvulo de apenas de 28 em 28 dias. Se não fosse esse hormônio a mulher apresentaria muito mais óvulos e talvez chegasse a ser como a coelha que tem ninhadas numerosas. Se a dose de progesterona for aumentada, nenhum óvulo deixará o ovário. É a pílula anticoncepcional que fornece a dose suplementar de progesterona que vai provocar o bloqueio do ovário.


A reprodução humana:

Uma vida humana começa quando o óvulo é fecundado ou fertilizado por um espermatozóide. Em um ato sexual os milhões de espermatozóides são depositados no fundo da vagina. Apesar da corrida desenfreada e desabalada em direção ao óvulo, só um o fecunda. Os espermatozóides depositados na vagina percorrem o útero, quase toda a Trompa de Falópio onde geralmente encontram o óvulo e o rodeiam... e só um espermatozóide o fecunda. Os espermatozóides restantes são absorvidos pelo corpo feminino. O útero, a cada ciclo ovariano, prepara-se para receber o óvulo fecundado. Se o óvulo é liberado pelo ovário e não há espermatozóide para fecundá-lo toda a preparação do útero para receber e nutrir o novo ser deixa de ter sua finalidade. Por este motivo, não havendo a fecundação, o útero recebe uma mensagem química para liberar todo o material que iria colaborar para a fixação e o desenvolvimento do novo ser. Este material é eliminado, provocando o fenômeno da menstruação.

 

Se o óvulo for fecundado, o ovo começa a se dividir, a se multiplicar em inúmeras células. Após viajar 6 dias, o ovo chega à cavidade uterina onde se fixa em uma das paredes. Em seis semanas de gravidez já existe circulação pois o coração já está trabalhando. Os membros já começam a aparecer. O ser humano não é como uma ave. Um ovo de galinha é capaz de formar um pintinho sem que a mãe tenha que fornecer alimento ao filho. Na espécie humana, a mãe tem que alimentar o seu filho constantemente, como a planta tira da água os sais minerais e demais alimentos para sobreviver. Assim, o futuro bebê recebe da mãe, pelo cordão umbilical, toda a nutrição necessária para vir a nascer forte e sadio. O cordão umbilical liga-se à Placenta, que tem duas funções: 1 - É uma glândula que produz numerosos hormônios para o feto. 2 - É um órgão através do que o filho e a mãe trocam numerosos produtos vitais. O filho recebe da mãe oxigênio, sais minerais, vitaminas e outros alimentos. A mãe recebe do filho o gás carbônico, uréia, etc.

 

O corpo da mãe sofre grandes modificações para se adaptar ao desenvolvimento do feto. Às vezes estas mudanças trazem conflitos no relacionamento conjugal. Algumas mulheres podem sentir-se não desejadas pelos maridos. Alguns maridos perdem o interesse sexual; pesquisas demonstram que na maior parte das mulheres grávidas o desejo sexual aumenta no período da gravidez. O casal deve procurar adaptar-se à nova situação.

 

O embrião com 5 semanas é tão pequeno (9 mm de comprimento) que muitas vezes a mãe ignora que esteja grávida. Já tem esboçados os olhos, a medula espinhal, o sistema nervoso, as tireóides, o pulmão, o estômago, os rins, o fígado, os intestinos, etc. O coração começa a pulsar no 18º dia de gestação. Com 5 semanas já está com 9 mm e já tem os braços e pernas delineados. Um embrião com 6 semanas e meia está dentro de uma bolsa transparente chamada de Amnio, que está cheia de uma solução salina. O embrião flutua neste líquido e mesmo ingere parte dele.

 

Com 8 semanas o embrião (que em grego significa Germinar), passa a ser Feto (que em latim significa criatura). A passagem está no início da formação das verdadeiras células ósseas que começam a substituir as cartilagens.

 

Com 11 semanas o feto está com 6,5 cm e flutua no líquido amniótico. Nervos, músculos e ossos se sincronizam a fim de que os braços possam iniciar os movimentos. A mãe começa a sentir os movimentos que o filho faz com as pernas e pés, cotovelos e braços e joelhos.

 

Com 12 semanas, 3 meses, o feto já tem adiantada a formação do esqueleto ósseo permanente. O feto com 18 semanas começa a exercitar para mamar, tão logo nasça. A pele é transparente a tal ponto que se nota a rede de vasos sanguíneos.

 

Quase ao final da gravidez o feto se posiciona no útero para nascer. É nesta ocasião que se observa a descida do ventre materno. Depois que o feto chegou aos seu término de desenvolvimento intrauterino, chegou o momento de nascer, a abertura do útero sofre uma dilatação progressiva, por onde passará a cabeça e depois o corpo do bebê. O bebê desceu um pouco mais e sua cabeça começa a forçar a saída. Os músculos do útero empurram a criança para fora. A parte mais difícil do parto é a passagem da cabeça do bebê. Passada a cabeça, os ombros passam sem problema. Após o nascimento, o médico presta os primeiros cuidados ao bebê e corta-se o cordão umbilical. Com o estabelecimento da respiração o bebê inicia a sua nova vida. Com a expulsão da placenta, encerra-se o misterioso e encantador processo de gerar e dar a luz a um novo ser humano. O útero se contrai até voltar ao seu tamanho normal de mais ou menos 5 cm de comprimento.

 

 

 

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