Existem dois tipos de fumantes cronicamente viciados, e eu fui um deles, e logo você saberá qual dos tipos eu era. Um deles tem consciência do vício mas, no entanto, ele não se importa, não tem o mínimo interesse em parar de fumar e esse tipo geralmente adota a seguinte "Filosofia": - "Se fumar, vou morrer,  se não fumar, também vou morrer, portanto vou continuar fumando, pelo menos enquanto isso estarei desfrutando de algum tipo de prazer". Neste caso isso seria uma opção dele ou dela,  e não há absolutamente nada a fazer, vamos deixá-lo (a) curtir  tal "prazer".

 

Porém, há um outro tipo de fumante(em numero muito maior), e esse outro tipo sim, é um caso de partir o coração,  aquele tipo que tem consciência do vício, quer desistir, quer parar,  já tentou centenas de vezes  e, no entanto, não  consegue,  está totalmente  "atado"  de pés, mãos e cérebro em relação a esse vício e o conhecimento do mal a nível intelectual não ajuda em absolutamente nada.  Portanto, caso você conheça alguém assim, não critique e se você quiser realmente ajudá-lo (a),  envie a ele (a)  material escrito sobre o cigarro e seus efeitos, ou envie a ele (a)  esta mensagem  e  de alguma forma  isso  poderá ajudar em sua luta contra o cigarro.

Eu não acredito em medidas leves e suaves  para  combater o vício do cigarro,  não acredito nesses adesivos que se usa no braço, não acredito da mesma forma em  nenhuma pílula ou pastilha, não acredito nem mesmo na determinação de querer parar de fumar. Eu acredito que  existem duas grandes forcas no Universo que são capazes de "remover montanhas", como o vício do cigarro  e essas forcas  são: "O amor" e  "O ódio".   E  neste caso em particular, você precisa usar  "O ódio"  a seu favor para tirar o cigarro de sua vida.  Como isso é possível ?  Eu explico.

 

Você precisará sentir um tamanho ódio pelo cigarro, um ódio tão grande, a ponto de querer o cigarro bem longe de você. E como conseguir isso? O cigarro não tem "vida própria", ele não vai odiá-lo (a) por conta própria.  Descobri isso praticamente por acidente,  e antes de dar-lhe a receita  deixe-me contar-lhe minha experiência. Um dia eu peguei uma gripe  (uma gripe violenta, mas que "gripe maravilhosa", serei eternamente grato a essa tal gripe por ter deixado algo de forma tão marcante que mudou minha vida).    Por causa da gripe propriamente dita,  fiquei com os pulmões congestionados, nariz entupido, e o mais importante,  um gosto horrível e uma sensação terrível na boca e na garganta, uma mistura da gripe com resíduos de fumaça de nicotina  previamente  ali instalada,  certeza que havia essa mistura por causa do gosto e daquela sensação de cigarro apagado depositado em cinzeiro (como se eu tivesse colocado na boca e engolido um cinzeiro cheio de tocos de cigarros apagados e alguns apagados e molhados).  E essa  sensação  era tão horrível que deu naquele momento um ódio enorme do cigarro e numa  dessas noites daquela gripe, ao acordar no meio da noite,  espirrando e tossindo,  e sentindo aquela sensação horrível,  resolvi pegar o maço de cigarro juntamente com o isqueiro,  joguei ambos no cesto de lixo e naquele momento tive a certeza absoluta que jamais eu poria novamente um cigarro na boca.  

Uma vez uma jovem bonita e simpática havia me dito o seguinte: - "Você fuma?  Não combina você fumando!" e ela  disse isso como um elogio, como quem diz: -  "Que decepção", você me parece inteligente, e no entanto você fuma?!   E essas palavras dela bem intencionadas fizeram com que me sentisse pior ainda,   porque antes de parar de fumar eu tinha vergonha das pessoas que não fumavam,  e procurava sempre fumar escondido dessas pessoas, somente me sentia à vontade fumando perto de outros fumantes porque a cumplicidade no crime deixa qualquer um a vontade.   

Apesar de se gastar  muito dinheiro com cigarros,  esse dinheiro não chega a ser nada significativo  em relação aos outros prejuízos muitíssimos  piores. Perde muito quem fuma, além de perder a simpatia e o respeito das boas companhias dos não fumantes, além de não ganhar  aquilo que está disponível apenas aos não fumantes. 

 

Eu sentia complexo ao chegar perto de quem não fumava  por sentir-me sujo e  cheirando (para não dizer fedendo)  fumo.   Após parar de fumar,  o processo de  desintoxicação foi rápido  e  logo passei a ter meu paladar restituído,  comecei a sentir o gosto pelos alimentos,  tendo desaparecido aquele gosto amargo com garganta  seca  e tosse e o ar que respiro passou, também, a dar um prazer  confortante. Passei a ter um respeito muito grande pelos fumantes,  jamais vou criticá-los,  muito menos ofendê-los  com palavras rudes e conselhos "cafonas" por eles  continuarem fumando,  compreendo perfeitamente a enorme  cruz que eles carregam,  querendo se livrar desse tormento  e não conseguindo.

  

Então, agora, a minha receita para os viciados em fumar, e aqueles que se "amam" o bastante,  a ponto de começar a cultivar um "ódio" muito grande pelo cigarro,  um "ódio" conquistado a um preço alto, mas que valerá a pena,  então lhe garanto, você  conseguirá livrar-se desse vício terrível. A receita é a seguinte: pegue um cinzeiro cheio de tocos de cigarros apagados,  ou fume alguns cigarros e deposite no cinzeiro, deixe eles curtirem e "envelhecerem" algumas horas para ficarem com um gosto pior,  depois, em seguida, molhe alguns, cigarro molhado tem um gosto horrível, e em seguida,  comece a mastigar todos eles,  e se quiser, talvez seja melhor ainda, engula um toco de cigarro, se conseguir. Eu lhe garanto,  você não morrerá com isso,  e  você sentirá uma náusea tão grande e horrível que lhe proporcionará o maior presente que você poderia ganhar de alguém, mas você ganhou de você mesmo, ou seja, "O ódio" pelo cigarro. Com isso você deixará de fumar.  E se você comentar isto com algum medico antes de executar  esse plano milagroso, então você porá tudo a perder, pois ele, certamente, jamais concordará,  achará algo ridículo e desnecessário e não vai querer que você passe por essa experiência. Por isso, meu amigo, a cura está em suas mãos,  é apenas você quem DECIDE!